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João de Sousa

Segunda-feira, Abril 22, 2024

31 de Março, 52 anos depois…

Christiane Brito, em São Paulo
Christiane Brito, em São Paulo
Jornalista, escritora e eterna militante pelos direitos humanos; criou a “Biografia do Idoso” contra o ageísmo.  É adepta do Hip-Hop (Rap) como legítima e uma das mais belas expressões culturais da resistência dos povos.
Manifestação do movimento civil Diretas Já em Brasília, diante do Congresso Nacional.
Manifestação do movimento civil Diretas Já em Brasília, diante do Congresso Nacional.

A ditadura é mera lembrança na cabeça dos que não a viveram e que encontraram um país com um pouco mais de acesso aos direitos humanos.

Mas o pior é que a ditadura (considerando-se que seja um sistema político imposto, que retire de cena ilegitimamente um presidente eleito pelo povo) tornou-se incompreensível para os que a conheceram.

Hoje chega elegante, de terno e com fala sedutora, chega mansa trocando o trigo pelo joio ao nomear apenas um partido corrupto (de dezenas), apenas um ex-presidente que está sendo investigado (não é réu).

 

O Eduardo Cunha?

Roubou, sim, diz o povo, “mas será preso” no seu devido tempo.

A impassibilidade popular em relação ao Cunha  pode ter relação com uma falsa crença do brasileiro, a de que quem “rouba, mas faz” é melhor do que quem não rouba e não faz. Paulo Maluf é o criador dessa ideia e Cunha, para ser justo com ele e injusto com o povo, roubou, mas está fazendo: está colocando a presidente para fora do poder.

Já a Dilma…”não rouba e não faz”, na concepção dos que querem a sua cabeça e estão enfrentando a crise no bolso.

 

Quem aguenta Dilma?

Para mostrar quem aguenta e defende (um pessoal numeroso e bem informado) um grupo de artistas se reuniu para fazer, de novo, um vídeo explicando o que é golpe.

Os fatos de 1964 (“militares combatendo os comunistas e a crise econômica”, no julgar dos ingênuos) não esclarecem muito. Principalmente porque os torturadores não foram presos (salvaram-se com a “anistia ampla, geral e irrestrita”, que usurparam para si) e essas páginas de história ainda não viraram páginas na história que se estuda na escola.

Então vamos assistir o vídeo dos que “não têm partido”, “têm muitas críticas a Dilma”, querem “reforma política para que acabem os esquemas de propina”, “querem que todos os corruptos sejam julgados e condenados”. Todos mesmo, sem exceção. Eu sou uma das pessoas que quer punição para todos e reforma política. Com Dilma.

Nota: A autora escreve em português do Brasil

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