Vai haver descongelamento das carreiras do Estado, novos escalões no IRS, entram em vigor as reformas antecipadas de longa duração sem cortes.
Tudo isto custa muito dinheiro:
- 200 milhões para desbloquear as carreiras dos funcionários públicos;
- 200 milhões para alterações dos escalões;
- 50 milhões de euros para as reformas antecipadas de longa duração sem cortes.
Não questiono a justiça de quem descontou 48 ou 46 anos para a Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações se possa reformar sem cortes. Acho justíssimo e socialmente relevante. Mas também acho importante alargar a medida aos desempregados de longa duração que foram “obrigados” a reformar-se, pois não tinham outra fonte de rendimento e foram duplamente penalizados: 0,5% por cada mês, antes de atingir a idade de reforma e factor de sustentabilidade (13,88%).
Seria da maior justiça rever estes procedimentos, antes de aumentos de ordenados e alteração de escalões.
A dívida pública está perto dos 250.000 milhões de euros. Como somos à volta de 10 milhões eu devo 25.000 euros sem saber porquê? Eu acho que não devo nada a ninguém, tudo que compro pago na hora.
Penso que o PCP e o BE estão a esticar demais a corda. Vamos com calma! É preferível manter os ordenados e conseguir que muitos desempregados acedam ao mercado de trabalho, do que aumentos que depois não se possam manter e degenerem, de novo, em resgastes e troikas.
A economia está em crescendo e a esperança de futuro em franca melhoras.
Mas, por favor, não estiquem demais a corda que pode, de novo partir. O dinheiro não estica e não dá para tudo. Vamos devagar e de forma sustentada.
Não estou para viver, de novo, num país caloteiro que gasta mais do que pode e que venham para aqui dar-me ordens.
Não quero nunca mais, voltar a passar pelo que passei. Não me esqueço do que os portugueses passaram pela incompetência dos nossos governantes.
O PS deve bater o pé ao BE e PCP, não ir mais além, do razoável. De outro modo, vamos voltar ao mesmo. Não quero um “bem-estar de iô-iô”.