Trabalhador-estudante
Como trabalhador-estudante, trabalhou em Pombal, na Tocha e Sertã e deu aulas em Porto de Mós. Após a licenciatura em Direito, exerceu advocacia em Leiria e Marinha Grande.
Tinha 13 anos quando andou a “fazer pinturas” na candidatura presidencial de Norton de Matos. Enquanto estudante em Coimbra participou activamente nas lutas estudantis da chamada “crise académica de ‘62”, pelo que foi obrigado a cumprir, pele 2ª vez, o serviço militar.
Com o Dr. Vareda, Alípio Cacela e outros democratas desta região, em noites tenebrosas, pela Serra dos Candeeiros, ajudou vários perseguidos políticos a fugir do País.
Integrou a Comissão Nacional do 3º Congresso da Oposição Democrática, em 1973.
Candidato
Candidato à Assembleia Nacional e à Assembleia Constituinte – sempre sob a bandeira da CDE (que, em 1974, deu origem ao MDP) – abandonou este partido em 1976, quando concluiu ser impossível reunir as forças partidárias defensoras do socialismo.
Após o 25 de Abril integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Leiria, como vereador do Pelouro da Cultura. Trabalhou incansavelmente nesta área e sem qualquer compensação remuneratória. O seu maior sonho era deixar em pé a “Casa da Cultura”.
No “Verão quente” de 1975 viu o seu escritório saqueado e destruído. De 1976 até ao fim da sua vida, manteve-se afastado de qualquer militância partidária, mas sempre atento ao desenrolar da vida política, tanto a nível local como nacional, como disso dão prova os seus escritos, agora reunidos em livro.
Fonte: Viver em Leiria