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João de Sousa

Sexta-feira, Março 29, 2024

Aprender, é do interesse da inteligência!

Aprender é um exercício constante mesmo quando se ensina.

– Ou será que aprender ensinando, já deixou de fazer sentido? Não me parece.

Aquilo que me parece é que quanto mais sabemos, maior é a necessidade sentida em aprender a lidar com esse saber acumulado.

E, como sabemos, a cidade de Braga sem a sumptuosidade nem a pompa de Augusta, é uma cidade igual a todas as outras que em permanente efervescência acompanham a vida das pessoas para quem servem e que foram quem as construíram.

A cidade de Braga é uma cidade bimilenar orgulho dos seus cidadãos desde sempre. É uma cidade localizada no centro de um eixo estratégico de confluências várias: transporte aéreo (aeroporto Sá Carneiro e aeroporto de Vigo); transporte por via marítima (porto de Leixões, Viana do Castelo e Vigo); infraestruturas viárias de ligação rodoviária entre si e ao Norte da vizinha Espanha; o Parque Natural da Peneda Gerês que se estende para Norte; entre outros.

É capital de um Distrito em que a diversidade, e a biodiversidade também, são um privilégio. É uma cidade com um património cultural e Humano imponente na simbiose emergente transitado por gerações que o construíram e no-lo legaram. É uma cidade onde aprender ensinando se tornou regra da inovação para o desenvolvimento tecnológico e deste para o desenvolvimento das sociedades.

Por isso, quem se julga sabedor de tudo, corre o risco de se afundar na ignorância que o ridículo provoca. Foi o que aconteceu com o poder instalado no Município de Braga que munido de sapiência absoluta se atolou nos primeiros obstáculos com registo monumental e histórico que enfrentaram:

– O eco parque do complexo hidráulico das Sete Fontes. Ou, o eco dos sons com que profanam a cidade em que nem o apego de fé de conveniência circunstancial disfarça a duvidosa crença de que são enlevados nas lides da gestão autárquica.

Assim como no seguidismo populista que lhes abala a confiança perante a opção politica e económica para a antiga instalação da fábrica Confiança que querem alienar, alienando assim a memória colectiva dos Bracarenses e de parte significativa do legado transitado em que se insere também o Cinema S. Geraldo votado ao abandono há décadas a que acresce todo o casco urbano de primeira linha tido por “Centro Histórico” sem solução alguma no quadro da sua recuperação com vida porque se assim não for não faz qualquer sentido criar uma “zona morta” como mortos estão todos os centros comerciais de primeira geração por falta de visão politica mas também por vassalagem perante os interesses económicos das grandes superfícies comerciais. Entre um vasto rol de enormidades que seria fastidioso enumerar.

É com a humildade necessariamente reconhecida de que até as pedras de uma qualquer calçada têm algo para ensinar, que um qualquer petulante candidato, ou em exercício, Presidente ou Vereador do Município de Braga, saberá que as soluções para a cidade são as que a cidade e as pessoas que nela vivem sentirem em cada momento.

E que é o somatório dessas necessidades que ditará as linhas gerais de uma politica que deve ser de estratégias mas também de prevenção e de conservação.

Estratégia política personalizada,de acordo com as especificidades dos assuntos que visam gerar:

  • harmonia arquitectónica na urbe;
  • harmonia arquitectónica paisagística na orla;
  • harmonia social inclusiva;
  • engenharia criativa nos agrupamentos escolares do ensino básico e secundário;
  • engenharia criativa na divulgação do património cultural;
  • engenharia criativa no uso dos equipamentos disponíveis no Concelho e na vida que a comunidade local e outra lhe podem dar;
  • incentivos políticos às famílias, aos agentes económicos e outros;
  • fluidez na mobilidade das pessoas apeadas;
  • fluidez na mobilidade das pessoas que se deslocam em veiculo a motor e sem motor;
  • fluidez na mobilidade do transporte público.

Entre muitas outras engenharias de articulação das pessoas com o meio, não são tarefa que quem não tenha perspicácia e conhecimento político suficientes, consiga executar com eficácia.

Estratégia política de prevenção nas respostas a dar às pessoas que tenderão a encontrar dificuldades diversas na transição social para um modelo de sociedade mais dependente das tecnologias, mesmo sendo um tecido social já munido com conhecimento para o seu manuseamento e uso, será o maior desafio do século para um  autarca que aspire, e se candidate, a gerir aquilo que são os desígnios de um Município como é o do Concelho de Braga.

A experiência conhecida ao longo dos quarenta e três anos que o sistema democrático tem mostram que a cidade soube sempre responder aos impactos sociais na sua História perante os efeitos positivos e nocivos que as convulsões sociais provocaram e aos que a revolução tecnológica trouxe em finais do século passado e mantém ao longo do pressente século. Uma revolução que trouxe um maior desafio à equidade distributiva e sobre tudo, à justiça social. Áreas em que, infelizmente, os últimos quatro anos e meio no Município de Braga, foram de uma travessia agonizante.

Tempo perdido num tempo em que o saber é a substância e o invólucro o acessório.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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