Depois da consagração em Fevereiro passado, com a conquista do Urso de Ouro, no festival de Berlim, Leonor Teles impõe-se agora num dos mais prestigiados festivais asiáticos, antes ainda da estreia nacional prevista para o próximo dia 21, no festival IndieLisboa, e uma semana mais tarde em várias salas do país.
A informação deste novo feito foi divulgada na página do Facebook da produtora Uma Pedra no Sapato, juntamente com a imagem do prémio e da motivação do júri, que salientou a “inteligente e profunda narrativa oferecendo uma alegoria política e histórica articulando uma mensagem importante através do humor. Balada de um Batráquio recorda-nos do poder da liberdade e da comunicação dos oprimidos.”
Balada de um Batráquio é um filme de 11 minutos que expõe o mito de colocar sapos de louça nas vitrinas, como forma de afastar os elementos de etnia cigana. Afinal de contas, uma tendência xenófoba que a realizadora de 23 anos desejou explorar, até por ter ascendência cigana pelo lado paterno.
Registe-se ainda a significativa presença portuguesa no festival de Hong Kong, incluindo as longas-metragens Visita ou Confissões, de Manoel de Oliveira, a trilogia As Mil e uma Noites, de Miguel Gomes, Cartas de Guerra, de Ivo Ferreira, também em competição em Berlim, bem como os documentários Os Olhos de André, de António Borges Ferreira, e ainda Eldorado XXI, da cineasta Salomé Lamas.