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João de Sousa

Quarta-feira, Março 27, 2024

NOS com esquema para se financiar «fintando» os clientes?

João de Sousa
João de Sousa
Jornalista, Director do Jornal Tornado

A NOS, uma das empresas com mais queixas dos consumidores junto da DECO, inventou um novo esquema para se financiar, vendendo duas vezes o mesmo produto e assim cobrando ilegitimamente dinheiro aos clientes. Useira e vezeira na criação de expedientes comerciais agressivos a roçar as raias da ilegalidade eis que a NOS acaba de inventar uma nova maneira de se financiar cobrando indevidamente dinheiro aos clientes que, incautos, lhes caem nas malhas.

Desta feita o truque consiste em vender, e cobrar, duas vezes o mesmo produto ao mesmo cliente, usando o meio de enviar por encomenda para a morada do contrato produtos que o cliente já adquiriu e pagou na loja NOS. Produtos, diga-se, que requerem um contrato assinado, um período de fidelização e, no caso das empresas, o número de assinaturas necessário à validação dos contratos. A ausência de tudo isto não tira o sono à NOS que apenas quer receber o dinheirinho. Muitos poucos somados fazem muito e isso por alguns dias, numa companhia que lida com sérios problemas de liquidez se comparada com as concorrentes, dá imenso jeito.

Nada disto teria importância, nem poderia ser inserido numa categoria em tudo semelhante à extorsão, mais expectável de grupos mafiosos que numa companhia séria, se porventura ao ligar para desfazer o erro não fosse dada ao cliente como única opção a devolução do equipamento por correio para um Apartado, ficando a aguardar a restituição do dinheiro pago (sem razão) pela mesma via. Gerando, adicionalmente, ao cliente o custo dos portes de correio da devolução.

Tudo isto poderia ser amenizado se a operadora do call center passasse à Supervisão, escalando o problema a fim de encontrar uma solução mais adequada às leis do país. Mas… e quando a Supervisão se recusa a aparecer e a dar a cara e a operadora fica a repetir a mesma fórmula sem sentido ad nauseum?

O erro é da NOS, mas é VOCÊ que paga duas vezes. O erro é da NOS mas é com o SEU dinheiro que a companhia se financia durante sabe-se lá quantos dias. O erro é da NOS mas é o CLIENTE que incorre em despesas de correio, em tempo perdido, sempre na incerteza de se, e quando, verá o SEU dinheiro de volta e, desse modo, será ressarcido do erro da NOS.

Contactado posteriormente por alguém que se identificou como sendo do departamento de reclamações da NOS o cliente foi informado que a sua pretensão tinha sido apresentada a uma entidade “superior” que tinha então deliberado não proceder ao levantamento do dispositivo, devendo ser o cliente a expedi-lo por correio para um apartado. Questionado sobre o custo dos portes o referido departamento comunicou que mediante uma exposição a apresentar pelo cliente este pedido seria alvo de uma análise e, eventualmente, deferido. Desta decisão não há recurso, segundo foi informado.

A que propósito se arroga a NOS o direito de estabelecer procedimentos de cidadãos na sequência de erros cometidos pela empresa, fazendo-os incorrer em despesas e perda de tempo? Interpelado o departamento de comunicação institucional da NOS a pronunciar-se sobre esta questão, devolveu como resposta o encaminhamento para diversos departamento comerciais, mas não comentou.

O que é a ANACOM? Onde pára a ANACOM? Para que serve a ANACOM?

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