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Quinta-feira, Março 28, 2024

S. Pedro, Grão Vasco

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

“S. Pedro”, de Vasco Fernandes, o Grão Vasco.

Iconograficamente este quadro tem uma leitura mais ou menos fácil. A figura do apóstolo impõe-se pela expressividade da sua centralidade entronizada. O seu olhar é vivo e inteligente, como há-de convir ao representante de Deus na terra. Transparece uma eloquência ministrada por todos aqueles atavios, que garante ao espectador estar em presença de um chefe poderoso e terreno, que zelará pela eficácia dos desígnios da cristandade (seja lá isso o que for).

Há uma escolha da monumentalidade da figura que está enquadrada pelas representações simétricas laterais e que relatam episódios alusivos à cena da vocação de Simão à esquerda e a cena do Quo Vadis? à direita.

Está patente uma luminosidade intensa que delas emana, e que lhe acrescenta um cromatismo difuso de tons variados que consolida a forte ligação entre os planos.

Grão Vasco

1475-1542

Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco, é considerado o principal nome da pintura portuguesa quinhentista.

A primeira referência a Vasco Fernandes ocorreu em 1501, quando se iniciou a feitura do grande retrato da capela-mor da Sé de Viseu.

A maior parte das suas pinturas suas estão expostas no Museu Grão Vasco, em Viseu.

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