Tchaikovsky e Sibelius por Lisa Batiashvili e Daniel Barenboim

Lisa Batiashvili

Lisa nasceu na Georgia em 1979, de mãe pianista e pai violinista, que foi o seu primeiro professor quando tinha 4 anos de idade. Ela e a sua família deixaram a Georgia em 1991, tendo-se mudado para a Alemanha, onde continuou a estudar música. Ao 16 anos ganhou o prémio de “International Jean Sibelius Violin Competition“, e desde então já ganhou outros prémios e destinções. O The Times (Londres, Agosto de 2013), considerou-a “músico completo: coração equilibra a cabeça; ego colocado ao serviço da música.”

“. . . Lisa Batiashvili’s radiant performance of the Brahms Violin Concerto. She brings out all the great work’s drama, mystery, excitement and lyrical intensity. The final march is irresistibly joyful.”

Gramophone, Critic’s Choice 2013

Grava em exclusivo para a editora de música clássica alemã, Deutsch Grammophon.

Daniel Barenboim

Pianista e maestro. Uma das figuras musicais mais destacadas da nossa época. Nasceu em Buenos Aires, pais de ascendência russo-judaica. Iniciou aulas de piano aos cinco anos e deu o seu primeiro concerto oficial em Buenos Aires, quando tinha sete anos. Mais tarde teve, com Igor Markevitch, aulas de maestro em Salzburg. Já ganhou vários prémios a nível internacional, tendo também tido reconhecido no seu eforço para a reconciliação do Médio Oriente.

Barenboim começou a sua estreita relacção com a Deutsche Grammophon em 1972. Da sua vasta discografia com a editora, tem gravações como maestro de repertório orquestral de compositores como Berlioz, Bruckner, Debussy, Elgar, Hindemith, Ravel, Saint-Saëns, Schumann, Tchaikovsky e Wagner, ópera (Cimarosa, Massenet, Saint-Saëns, Tchaikovsky e Wagner), e como pianista em concertos, entre outros registos.

Crítica do disco

… un programme très séduisant dont la haute valeur dérive directement de la connaissance qu’on les interprètes des partitions, de leur complicité … C’est surtout dans un premier temps, à la suite d’une écoute première, le Concerto de Sibelius qui affirme une saisissante compréhension musicale. D’abord le Concerto de Tchaikovsky … Belle urgence du premier mouvement où l’orchestre de la Staatskapelle de Berlin, l’orchestre de Barenboim, sonne avec une élégance de ton d’une irrésistible séduction: le préambule est idéal pour l’éloquence feutrée de la sublime Lisa (Batiashvili), violoniste attachante … ondine serpentant dans un paysage orchestral superbement suggestif: la direction du chef éblouit par sa réserve caressante et détaillée … élégance lovée dans l’orchestration de Tchaikovsky … Si le Concerto de Tchaikovsky affirme une virtuosité flamboyante, l’opus de Sibelius s’inscrit dans l’énigme et le scintillement d’une enivrante fragilité.

Le premier mouvement est d’une bouleversante confession elle aussi filigranée qui exige des instrumentistes, soliste et musiciens de l’orchestre en présence, un sens de l’écoute et de l’équilibre global, … idéal, magicien. Le son de Lisa Batiashvili se révèle d’une rare incandescence, immédiatement solaire … Nous tenons là l’une des meilleures versions récentes du Concerto de Sibelius: scintillements de l’orchestre, chant intérieur, déchirant du violon soliste. Magistral.
Record Review / Alban Deags, Classiquenews.com / 25. October 2016