
4º Figueira Film Art
Japonês Masakazu Kaneko, com “Albino’s Trees”, foi o grande vencedor.
- 6 Setembro, 2017
- José M. Bastos
- Posted in Cinema
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Ainda num tempo em que os agentes da polícia política se sentavam ao lado dos espectadores na saudosa sala de cinema do Casino, um grupo de pessoas liderado por José Vieira Marques iniciou uma aventura que contribuiu para a formação de várias gerações de cinéfilos e abriu (num país mergulhado no atavismo e numa vil tristeza) janelas por onde entrava o melhor cinema que se fazia no mundo.
Alguns dos jovens frequentadores do certame haveriam de se abalançar a criar cineclubes e a fazer festivais nas suas terras. Depois, como todos os seres vivos, o Festival da Figueira envelheceu e morreu… pouco tempo antes da morte do seu fundador.
Figueira Film Art
A quarta edição da nova mostra figueirense começou no dia 28 de Agosto e terminou no passado domingo. Nela foram exibidos 67 filmes de 13 países.
Grande vencedor
Prémio de melhor documentário
Distinções
Alvaro Velarde, Jesus Alvarez e Daniel Render autores do guião do filme peruano “El Candidato”, foram galardoados com o prémio para o melhor argumento.
O prémio “Escolas” (filmes realizados em contexto escolar ou académico) foi para “A Instalação do Medo”, de Ricardo Leite, baseado na obra homónima de Rui Zink.
Recorde-se que o seu primeiro trabalho, “Maria”, filmado em super-8, estreou no Festival da Figueira de 1979. A í começou uma brilhante carreira em que se destacam títulos como “A Estrangeira” (1983), “O Processo do Rei” (1990), “O Fim do Mundo” (1992), “Os Olhos da Ásia (1996), “Longe da Vista” (1998) e muitos outros até… “A vossa Terra” (2016), centrado na figura do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles e que agora foi exibido na Figueira da Foz.
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Crítico de cinema