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João de Sousa

Quinta-feira, Setembro 19, 2024

A ventura’s…

Veja-se o “trumpismo” o “bolsonarismo” e outros que não passaram de artefactos manipulados por interesses escondidos como se de um qualquer roberto se trate num espetáculo de rua ou de feira.

O maior problema das sociedades civilizadas é o da ignorância política de uma significativa percentagem dos seus agentes e por estes manipulada no conhecimento generalista com ligeireza na leitura dos factos à luz da atualidade  no que toca ao enquadramento e consequente dissecação na História reduzindo-lhe o espaço temporal do acontecimento à estreiteza de uma visão circunscrita à contemporaneidade por desconhecimento, interesse ou outros, dos diversos estádios e eras.

Ou, simplesmente, por populismo de vão de escada ou de mesa de café porque o populismo bafiento já não tem condições sociopolíticas e muito menos geoestratégicas para ser implementado.

Veja-se o “trumpismo” o “bolsonarismo” e outros que não passaram de artefactos manipulados por interesses escondidos como se de um qualquer roberto se trate num espetáculo de rua ou de feira.

O conhecimento da História exige um olhar atento ao pormenor convergente das soluções em cada era onde as divergências se degladiaram para imposição de vontades num determinado momento do tempo em que aconteceram, a organização social nómada que se tornou sedentária; as suas necessidades e progressos; e dessa simbiose em articulação o resultado em jeito de súmula do entendimento discernido sobre os saberes transitados.

Os André’s Ventura’s da atualidade, por ignorância política, omitem os tempos e o saber e misturam tudo num olhar político infundado; sem consistência e, socialmente  analfabeto;

Infelizmente esta maneira de olhar o mundo, as sociedades e o futuro, resultante de processos e procedimentos formativos deficitários sobre a sociologia; a filosofia e a introdução à política; deram origem ao pensamento corrente.

Um pensamento sem solidez e permeável a manipulação exterior comandada por interesses estratégicos internacionais onde o espírito tribal é o mais simples de implantar de forma a que a hierarquia do poder seja o mais restrita possível.

Infelizmente para o’s Ventura’s modernos as contradições do modelo capitalista estão no seu estádio imperial o que augura roturas incontornáveis e que conduzirão ao modelo de Estado Social.

Modelo já defendido por um leque muito alargado de interesses intermédios das diversas organizações políticas em face do atual estado em que se encontra a classe média num tempo em que a transição para a sociedade verde e digitalizada anula os antigos segmentos sociais. O proletariado industrial e o proletariado rural. A que acresce a regulação dos mercados à escala global. Entre outros.

Nestes “outros” últimos encontramos todos os nós com que se confeciona a arquitetura da engenharia económica social do modelo capitalista que ao enfrentar a sua pior crise de sustentabilidade motivada por intrincado processo de competitividade em que, o consumo tem de crescer para nele estribar a sua consistência mas que, em face da atual conjuntura, começa a desmoronar responsabilizando o Estado pelo seu descalabro.

Uma gritante contradição na justa medida em que o setor privado sempre contestou a influência do Estado e se apropriou do seu espaço económico.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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