É uma notícia que não vai agradar às crianças. Depois da carne vermelha e das bebidas quentes, suspeita-se agora que as barras achocolatadas Kinder sejam cancerígenas.
Segundo o jornal Der Spiegel, foi lançado um alerta pela associação alemã Foodwatch que defende os direitos dos consumidores, no sentido de denunciar a presença de um nível inquietante de hidrocarbonetos de óleos minerais (MOH, em inglês) nas célebres barras da Ferrero. Johannes Heeg, membro da associação, chega ao ponto de referir “quantidades inaceitáveis”.
De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar Europeia, estes “hidrocarbonetos aromáticos” podem tornar-se tóxicos logo que ingeridos em grandes quantidades. De facto, se alguns MOH podem causar diversas formas de cancro, outros são perigosas para o fígado.
Usados para fabricar as embalagens.
Segundo a Foodwatch, são as embalagens ou as máquinas de fabrico que causam o problema. Esta substância química é frequentemente utilizada pela indústria agro alimentar para fabricar os papéis que envolvem as barras de chocolate ou para lubrificar as máquinas de fabrico.
Contactada pelo Le Parisien, a Ferrero exige uma concertação europeia sobre os MOH, mas tenta, sobretudo, defender-se. “Na Ferrero, juntamente com todos os nossos parceiros da cadeia de abastecimento, trabalhamos para encontrar soluções técnicas que minimizem, tanto quanto possível, estas omnipresentes substâncias e para evitar a sua transferência e migração para o alimento. Por exemplo, utilizamos já, exclusivamente, fibras virgens provenientes de cadeias de abastecimento conhecidas e certificadas e não utilizamos qualquer matéria reciclada na nossa embalagem principal, garante o grupo, em comunicado.”
Contudo, a marca italiana não é a única a ser denunciada pela associação. Os Fioretto Nougat Minis da Lindt e os Sun Rice da Aldi são também postos em causa pela associação alemã.
Fontes: Der Spiegel, Le Point
