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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Bastonário da Ordem dos médicos defende hospital único para o Oeste

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

“O Centro Hospitalar do Oeste tem carências graves em algumas áreas específicas”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos em visita ao Hospital de Torres Vedras, no dia 22 de Maio.

Miguel Guimarães defendeu também que o Oeste devia ter uma única unidade hospitalar em vez das três actuais, “por uma questão de eficácia da organização dos serviços”. O bastonário considera que haver um hospital em Torres Vedras, outro nas Caldas da Rainha e outro em Peniche dá alguma sensação de proximidade aos utentes, mas “os principais cuidados de proximidade têm por base os cuidados de saúde primários e as pessoas só devem ir às urgências dos hospitais em caso de necessidade”.

O ideal era construir um hospital de raiz, atendendo às condições físicas dos hospitais que compõem o CHO. “Uma boa unidade, com espaços adequados e a concentração dos médicos das várias especialidades, teria mais capacidade de resposta para as necessidades da região”, defendeu. Mas não vai acontecer tão cedo, advertiu, e “enquanto isso não acontecer há situações que têm de ser corrigidas rapidamente”.

As carências detectadas no CHO são importantes, na opinião de Miguel Guimarães, que apelou ao ministro da Saúde para que olhe para este centro hospitalar de uma forma diferente. Uma dessas carências é a falta médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos. No caso dos médicos, denunciou a falta anestesistas, que impede a realização de mais cirurgias, embora o hospital torriense tenha essa capacidade ao nível de cirurgiões e bloco operatório. Essa seria uma medida importante para reduzir as listas de espera, no seu entender.

Faltam também médicos de anatomia patológica, cuja especialidade é exercida toda fora do hospital, e profissionais de outras áreas. A razão para isto acontecer reside no facto de “o número de médicos que o hospital pediu não foi contemplado no último concurso e é fundamental que isso aconteça para que estas unidades do CHO possam dar a resposta adequada às cerca de 300 mil pessoas que servem”, disse o bastonário, que se mostrou igualmente preocupado pela ausência de cuidados intensivos.

Perante o estado actual de “exaustão” de médicos e enfermeiros, Miguel Guimarães defende que “o Governo tem de investir mais na saúde” e precisa de “apostar a sério no Serviço Nacional de Saúde, o que não tem acontecido nos últimos anos”.

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