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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Campanha do PSD para o novo líder

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

A campanha para o novo líder do PSD está a ser longa demais. O PSD deveria ter decidido ter um novo líder antes do final do ano. Ao marcarem as eleições deveriam ter previsto que se metia o OE 2018, por fim, a época de Natal e fim-de-ano. As pessoas estão “noutra”, se alguma vez estiveram com a política.

Tem sido uma campanha insossa, desconsolada, desenxabida, inexpressiva, sem grande interesse. Miguel Relvas considerou mesmo esta disputa interna do PSD uma “campanha confidencial”.  Esta campanha prima por ser muito fechada e que somente diz respeito aos seus militantes. Deste modo o alheamento da maioria dos cidadãos é enorme.

Não acho que seja por ainda não ter havido debates. Penso que há alguma inabilidade dos candidatos e dos seus assessores.

Os debates, por vezes, se não forem bem moderados, não são nada esclarecedores. Antes pelo contrário, criam uma imagem distorcida.

Se eu fosse candidato a líder do PSD, tendo em conta que seria futuro candidato a Primeiro-Ministro, não me preocuparia muito com debates a dois. Falaria para o PSD (militantes) e para Portugal (cidadãos). Dividiria a minha campanha em duas partes com sessões de esclarecimento e debate de ideias:

  1. Com os militantes do PSD
  2. Com a sociedade civil

Procurava nos debates com militantes explicar como se pode melhorar o PSD, com quatro objectivos estruturais: desburocratizar; desideologizar; desclientelizar; descentralizar. E a forma como tornar o partido atraente e moderno aos olhos dos portugueses.

Nos debates com a sociedade civil procurava fazer ver como actuaria se o PSD fosse chamado a formar Governo.

É preciso repensar Portugal e conceber uma sociedade que tem como centro as pessoas e nelas a política, a cultura, a economia, e todos os sectores da sociedade deveriam estar vinculados e iluminados pela ética.

Pelo que me tenho apercebido Rui Rio e Pedro Santana Lopes, andam mais preocupados em ver quem tem mais apoios, quer em comissões de honra, quer avulsos! Todavia há apoios que só prejudicam, e nada, acrescentam, antes pelo contrário, subtraem.

O PSD está a atravessar uma fase muito difícil e preocupante. O PSD precisa de ser repensado, pois parece partido ao meio, e pode, no futuro desmembrar-se e tornar-se irrelevante. O PSD precisa de soluções exigentes e transformadores de mentalidade das suas estruturas que não escamoteiem a realidade que é Portugal.

O PSD precisa de ideias e ajudar a ter soluções.

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