Existem startups para recuperar até 99% dos materiais nas baterias de lítio-ion mas a indústria ainda é nascente porque o número de baterias ainda é pequeno comparado com outros tipos de bateria (como lead-acid).A procura pelo lítio deve quadruplicar e pelo cobalto deve duplicar, até 2025, de acordo com a agência Roskill.
A Umicore da Bélgica tem desenvolvido um processo para reciclar as baterias de lítio desde 2006. No Oregon (EUA), a OnTo Technologies pretende re-habilitar baterias usadas para voltar a colocá-las no mercado, em vez de vender os componentes. No Canadá, a Li-Cycle tem como objectivo separar os materiais e reciclar até 90% dos conteúdos, entre eles o lítio, cobalto, cobre e grafite. A empresa projecta 11 milhões de toneladas de baterias usadas até 2030.
A Tesla tem manifestado interesse em reciclar as baterias na sua Gigafactory no Nevada, além de abastecer o edifício com energia 100% renovável. A empresa tem discutido colaboração com a Redwood Materials, entre outros.
A China e a UE já responsabilizam as companhias produtoras de automóveis pela reciclagem das suas baterias. Os outros governos com certeza não vão permitir que milhões de baterias automóveis acabem nas lixeiras devido aos metais tóxicos pesados.
Um desafio é que diferentes companhias usam processos químicos distintos. Por outro lado, quem quer comprar um produto com partes recicladas? Talvez com desconto ou garantias? São perguntas a que a indústria terá de responder. No entanto, são poucos os que vêem futuro nos tubos de escape poluentes de hoje.