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Domingo, Setembro 15, 2024

Governo sudanês acusado de usar armas químicas

sudao
A Amnistia Internacional afirma que estas crianças estão entre as mais de 200 pessoas mortas, desde Janeiro, pelas armas banidas. As vítimas deste “fumo venenoso” vomitam sangue, têm dificuldades respiratórias e vêm a pele mudar de cor e cair. O governo do Sudão já afirmou que as acusações não têm qualquer fundamento.

O Sudão, algum dia, terá Paz?

darfur-feridas-circulares“As alegações de uso de armas químicas pelas forças armadas do Sudão não têm qualquer fundamento e são «fabricadas»” afirmou Omer Dahab Fadl Mohamed , embaixador do Sudão nas Nações Unidas. (sic Reiters) “O objectivo de tais acusações é lançar a confusão no processo de pacificação, coesão, desenvolvimento económico e estabilização em curso”

O governo de Cartum e as forças opositoras mantêm uma guerra no Darfur desde há 13 anos. Contudo, o conflito e o seu reflexo nos cidadãos da região têm estado fora do alcance dos radares ocidentais dede 2004 quando foi dado o alerta para um possível genocídeo que obrigou o mundo exterior a agir.

Mas, segundo Tirana Hassan, director da AI para a Investigação de Crises, um novo relatório sobre ataques repetidos pelo Governo sudanês contra o seu próprio povo revela que “nada mudou”.

“Brutalidade”

A Investigação, que durou oito meses, descobriu “terra chamuscada, violações em massa, assassinatos e bombas” em Jebel Marra, uma região remota mas altamente fértil, do Darfur.

darfur-mapaOs investigadores encontraram também 56 testemunhas da alegada utilização de armas químicas “pelo menos 30 vezes” por forças sudanesas que lançaram uma ofensiva contra o exército de libertação do Sudão, liderada por Abdul Wahid (SLA/AW) em meados de Janeiro.

“É difícil de expressar em palavras o grau de brutalidade destes ataques” disse Hassan. “As imagens e os vídeos que vimos no decurso da nossa investigação são verdadeiramente chocantes”. “O facto de o governo do Sudão estar a usar, de forma repetida, armas químicas contra o seu próprio povo não pode ser ignorado e requer acção”

A AI lançou um apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para:

  • Aplicar suficiente pressão política sobre o governo do Sudão para garantir que forças de Paz e agências humanitárias tenham permissão para acesso às populações em Jebel Marra;
  • Assegurar que o actual embargo de armas seja estritamente implementado e ampliado a todo o país;
  • Urgentemente investigar o uso de armas químicas e, se houver suficiente evidência admissível, processar todos os suspeitos de responsabilidade.

Fonte: Amnistia Internacional

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