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HomeDossiêCadernosA Liberdade passou por aquiMaria Luísa Costa Dias

Maria Luísa Costa Dias

(1916-1975)

Começou desde muito jovem a luta antifascista. Ainda nos anos 30 pertenceu ao Socorro Vermelho, organização internacional de solidariedade. Mais tarde viria a desenvolver grande actividade em campanhas nacionais e internacionais de solidariedade e pela libertação de presos políticos. Passou 7 anos nas prisões fascistas e viveu cerca de 20 anos na clandestinidade. Era membro do Conselho da Federação Democrática Internacional das Mulheres.

  • 24 Junho, 2018
  • Helena Pato
  • Posted in A Liberdade passou por aqui
  • 10

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Interveio dinamicamente na construção da Democracia.

Mulher corajosa, doce, e muito firme nas suas convicções

Nasceu em Trouxemil, Coimbra, a 15 de Outubro de 1916. Formou-se em Medicina, mas cedo partiu para a clandestinidade, como funcionária do PCP. Foi perseguida e torturada pela polícia fascista, julgada e condenada em Tribunal Plenário. Era uma mulher corajosa, doce, e muito firme nas suas convicções de católica e comunista.

Desde cedo pertenceu ao Movimento de Unidade Democrática (MUD) e ao Partido Comunista. Em 1947, partiu em trabalho partidário com o companheiro, Pedro Soares, para Moçambique, de onde regressou em 1950, entrando para a clandestinidade no ano seguinte.

Presa em 1953, em Palmela, e levada para o Forte de Caxias, só foi libertada no final de 1954. Novamente presa com o marido em 1958, foi torturada, saindo da prisão em 1962, depois de grande campanha nacional e internacional a favor da sua libertação, por se encontrar muito doente. Pesava então pouco mais de 30 quilos.

“Fui julgada ao fim de dois anos de prisão preventiva…”

Foi autora de uma das treze cartas incluídas no manifesto enviado clandestinamente da Prisão de Caxias, datado de Maio de 1961, e dirigido às “organizações femininas e democráticas do mundo inteiro”, onde se fazia a denúncia das torturas e das condições em que as mulheres estavam presas:

Fui julgada ao fim de dois anos de prisão preventiva e condenada a dois anos de prisão correccional e medidas de segurança. Tal condenação foi-me aplicada em contradição com as conclusões expressas pelo próprio tribunal que, tendo negado a comprovação dos factos essenciais de que era acusada pela PIDE, me condenou, agravando ainda a pena com medidas de segurança, apesar de me encontrar tão doente que tive de ser dispensada pelo tribunal de assistir ao julgamento.

O meu estado de saúde está profundamente abalado por doença grave e sem nenhum tratamento, dado que a assistência de que necessito não pode ser ministrada na prisão e é-me negado internamento hospitalar. Em Agosto de 1960 tive de ser submetida a uma intervenção cirúrgica urgente consequência daquela ausência de tratamento. As torturas psíquicas que então me foram infligidas pela PIDE, os violentíssimos choques que com ela tive de travar nas vésperas da operação e durante os escassos dias que estive hospitalizada, provocaram-me um estado de extremo depauperamento físico, um grave esgotamento nervoso que [se] mantém passado oito meses, encontrando-me ainda incapacitada de realizar qualquer actividade intelectual.

Neste estado precário de saúde foi-me aplicado, assim como a todos os outros presos da cadeia, alguns dos quais gravemente doentes, um castigo de dois meses em regime de subalimentação, cortes de visitas e de lanches.

Neste estado de saúde, de há três meses, tenho sido sujeita arbitrariamente a longos períodos de isolamento que fortemente têm abalado a minha saúde”

Libertada, voltou de novo à clandestinidade. Pertenceu à Junta de Acção Patriótica e trabalhou na Rádio Voz da Liberdade, durante anos, em Argel.

Ao todo, viveu 22 anos na clandestinidade.

Depois da Revolução  dos Cravos

Integrou, em Setembro de 1974, a delegação portuguesa à Assembleia Geral da ONU.

Morreu com o marido, num grave acidente de viação ocorrido em Lisboa, em Maio de 1975, quando regressavam de uma reunião em Benavente. Teve funeral religioso, com a missa de corpo presente feita por Frei Bento Domingues, numa cerimónia que tocou todos os presentes.

Escreveu: «Crianças emergem da sombra: contos de clandestinidade», Lisboa, Edições Avante!, 1982.

 

Fotografias

Pouco tempo antes do 25 de Abril, em Itália com Pedro Soares.

 

Em Lisboa, no regresso da participação na Assembleia Geral da ONU, em Setembro de 74.

 

Dados biográficos:

  • Silêncios e Memórias: Maria Luísa Palhinha da Costa Dias
  • PCP: Pedro Soares

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