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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Na ditadura, Taiguara citou mais-valia de forma lírica e metafórica

Música com referência ao famoso conceito marxista é exemplo do modo como o compositor driblava a censura.

Mais valia eu ter-te amado
Que ter-te explorado tanto
Mais valia o meu passado a teu lado
Do que mais luxo e mais encanto

Fiz capital, te explorando
Fiz o mal, nos separando
E hoje aqui estou derrotado,
Um ladrão desalmado
Que acabou chorando

(Mais Valia, de Taiguara)

Taiguara (1945-1996) foi um dos artistas mais censurados pela ditadura militar brasileira (1964-1985). No entanto, ele se utilizava da criatividade para driblar as imposições do regime, como afirmou o pesquisador Omar Jubran no programa Olhar Brasileiro, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitido no dia 22 passado, que apresentou a obra desse cantor e compositor nascido em Montevidéu, no Uruguai, e radicado no Brasil desde os 4 anos de idade.

Um exemplo dessa criatividade é a música Mais Valia, que de forma lírica e metafórica faz referência a um dos mais conhecidos conceitos elaborados pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883), criador do chamado socialismo científico – o conceito de mais-valia, que se refere à diferença entre o valor final de uma mercadoria e a soma do valor do trabalho e dos meios de produção necessários para a produção daquela mercadoria, que é a fonte do lucro.


Texto em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado


 

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