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HomeEconomiaAnáliseO Euro «veículo de prosperidade»: mito e realidade

O Euro «veículo de prosperidade»: mito e realidade

Neste estudo com o titulo “O Euro de Mário Centeno como “veículo de prosperidade”: o mito e a realidade” analiso, de uma forma objectiva, utilizando a linguagem fria dos números oficiais, o que o euro tem acarretado para o país e para os portugueses, ou seja, em que situação Portugal e os portugueses se encontram ao fim de 20 anos de euro.

  • 10 Janeiro, 2019
  • Eugénio Rosa
  • Posted in Análise
  • 6

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Numa altura em que quase todos os órgãos de informação e os “fazedores de opinião” que têm acesso privilegiado a eles, que são sempre os mesmos, “cantam” os benefícios do euro e a Mário Centeno, o melhor ministro das Finanças da Europa como muitos dizem e repetem, esquecendo o estrangulamento de toda a Administração Pública e do investimento em Portugal que tem causado para reduzir drasticamente o défice num período tão curto para valores incomportáveis para o país. Repetindo, procuro analisar de uma forma objectiva, quais as dificuldades e desafios futuros que naturalmente enfrentaremos. É uma parte que tem sido escondida aos portugueses nas análises com uma só cor, sem contraditório, que tem enchido os media em Portugal.

Estudo

O EURO DE MÁRIO CENTENO COMO “VEÍCULO DE PROSPERIDADE”: o mito e a realidade

Para Mário Centeno, o euro deve ser “um veículo de prosperidade para os cidadãos europeus”.”(Jornal Negócios, Dez.2018). E como prémio pelo seu apoio fervoroso, a revista “The Banker”, do Financial Times, uma revista ligada à alta finança inglesa (city of London) considerou “o ministro das Finanças português Mário Centeno como o melhor ministro das Finanças do ano (2018) na Europa”, o que foi depois repetido acriticamente por todos os grandes órgãos de informação portugueses e pelos “opinion makers” que têm acesso fácil aos media,condicionando fortemente a opinião publica nacional . No entanto, o que é bom para os grandes grupos financeiros pode não ser bom nem para Portugal nem para os portugueses. Por isso, interessa analisar com objectividade se o euro tem sido um veículo de prosperidade para os portugueses, o que tem acarretado para o nosso país estes 20 anos de euro, ou melhor,qual é a situação de Portugal e dos portugueses ao fim de 20 anos de euro, e quais os desafios e as dificuldades que os aguardam no futuro. Para isso, vamos utilizar a linguagem objectiva dos dados oficiais. Esta análise, até por limitações de espaço, vai-se limitar a alguns (poucos) aspectos importantes que condicionam o presente e o futuro dos portugueses e de Portugal.

A evolução das condições de vida dos portugueses em comparação com os da zona euro segundo o Eurostat, o serviço oficial de estatística da U.E.

O gráfico 1, com os dados divulgados pelo Eurostat, mostra com clareza com tem evoluído as remunerações dos trabalhadores portugueses em comparação com a média das remunerações dos trabalhadores da Zona Euro, constituída por 19 países.

Gráfico 1 – Remuneração / Hora dos trabalhadores na Zona Euro e em Portugal – 2008/2017 – Eurostat

Segundo o Eurostat, em 2008, a remuneração/hora de um trabalhador em Portugal correspondia 47,3% da média da Zona euro; em 2011 representava já apenas 45,3%; em 2015 somente 41,4% e, em 2017, 41,8% da média das remunerações dos trabalhadores da Zona Euro, ou seja, menos de metade. Eis “veículo de prosperidade “, para utilizar as palavras de Centeno, que tem sido o euro para os trabalhadores portugueses.

No 3º Trimestre de 2018, segundo o Inquérito ao Emprego do INE, 950.000 trabalhadores(26,2% do total) recebiam mensalmente menos de 600€ e 2.342.500 trabalhadores portugueses (64,7% do Total) levavam para casa menos de 900€ por mês. Eis também o resultado, em números, do “veículo de prosperidade” de que se gaba Mário Centeno.

O agravamento da desigualdade na repartição da riqueza em Portugal

E se completarmos este quadro com outros dados sobre a parte da riqueza criada que reverte para os trabalhadores tanto em Portugal como nos países da Zona euro, ou seja,como se reparte a riqueza criada no nosso pais e nos países da Zona Euro, o retrato fica ainda mais claro e completo. E para que não hajam dúvidas que não estamos a manipulara realidade vamos continuar a utilizar dados divulgados pelo insuspeito Eurostat que é o serviço de estatísticas oficiais dos governos dos países da União Europeia (gráfico 2).

Gráfico 2 – Percentagem que as remunerações dos trabalhadores representam do PIB (riqueza criada) em Portugal e nos países da Zona Euro – 2006/2017 – Eurostat

Os dados do Eurostat são claros, não deixam margens de dúvidas, e tornam desnecessários os comentários. Em 2006, apenas 46,8% da riqueza criada em Portugal revertia para os trabalhadores que representavam cerca de 84% da população empregada;em 2011, tinha diminuído para 46,3%, e no fim do governo de Passos Coelho/PauloPortas/troika” tinha-se reduzido para 43,7%, tendo subido em 2017 para 44,3% mas continuando a ser inferior à média da Zona Euro que, em 2017, era 47,5%. Um valor superior ao 2006, precisamente o contrário do que se verificou em Portugal que diminuiu.Este é também o resultado do “veículo de prosperidade” de que fala Mário Centeno.

A divida externa do país e das administrações públicas continua a ser enorme e a crescer. Qualquer subida das taxas de juros terá efeitos graves

O gráfico que a seguir se apresenta, construído com dados divulgados pelo Banco de Portugal, mostra de uma forma clara a enorme divida do nosso país ao estrangeiro. Qualquer subida significativa da taxa de juros terá consequências dramáticas para o país.

Gráfico 3 – Divida bruta total externa de Portugal
Milhões € – Banco de Portugal

Este enorme endividamento do país (em 2018, superior em mais de duas vezes ao valor do PIB de Portugal) está associado também a um enorme e crescente endividamento das Administrações Públicas quer total quer ao estrangeiro, como revela o gráfico 4.

Gráfico 4 – Divida total e divida externa das Administrações Públicas
Milhões € – Banco de Portugal

Como revelam os dados do Banco de Portugal, a divida total das Administrações Públicas continuou a aumentar com o governo de António Costa/Mário Centeno, embora a divida externa tenha diminuído, mas continuando a ser muito elevada (140.352 milhões € em 2018).

Para cumprir o que Bruxelas exige corta-se na despesa e no investimento público com consequências dramáticas para o desenvolvimento do país

O quadro 1, também com dados do Eurostat, mostra a queda significativa, com consequências dramáticas no desenvolvimento do país assim como na prestação de serviços públicos à população (saúde, educação, transportes públicos, segurança social, etc.), pois sem investimento e sem trabalhadores não é possível realizar isso.

Quadro 1 – A FBCF (investimento) Total e Público medido em % do PIB nos países da Zona Euro e em Portugal e a % que as remunerações da Função Pública representam do PIB

Os dados do Eurostat revelam que se verificou em Portugal uma quebra significativa quer no investimento total (em 2017, menos 20% que a taxa da Zona Euro) quer no investimento público (em 2017, menos 42,3% que a taxa da Zona euro), e na despesa com pessoal da Função Pública, medida em % do PIB, com efeitos graves quer para o desenvolvimento do país quer para suprir as necessidades básicas da população, com consequências graves na vida dos portugueses,sentidas já pela maioria da população. No período 2006/2017, a taxa média anual decrescimento económico foi de 1,04% na Zona euro e de apenas 0,3% em Portugal, o que mostra bem o que é “o euro como instrumento de prosperidade”.

E isto tudo também para cumprir a meta de 0% no défice que Mário Centeno tanto se gaba, mas hipotecando o futuro do país e a vida dos portugueses Mas o euro não teve apenas consequências negativas, teve também aspectos positivos para os portugueses como sejam a estabilidade dos preços e da taxa de câmbio, assim como taxa de juros baixos o que tornou o credito acessível a muitos portugueses (muitos certamente ainda se lembram de taxas de inflação e de juros superiores a 20% que“comiam” salários, pensões e poupanças). Mas isso é matéria para outro estudo.


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Licenciado em economia e doutorado pelo ISEG

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