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João de Sousa

Sábado, Abril 27, 2024

A extrema direita não brinca em serviço

As tentativas de tomada pela força do Capitólio; do palacio do planalto; de Kiev; da faixa de Gaza; e de multas outras localidades; a partir de centros do poder aonde está instalada e dispõe de força e meios militares, estende os seus tentáculos através de interesses diversos de forma a tentar controlar os corredores da dependência Humana para sobreviver, mas também das crenças e de todos os medos da Humanidade.

À extrema direita não importa se o número de mortos atinge milhões por via indireta: fome; sede; desemprego; salubridade; ou por via direta em resultado de guerras que promove e financia.

À extrema direita interessa em exclusivo o controlo do poder e, por essa via, o controlo dos povos reordenando a correlação de forças geopoliticas; geomilitares; e geoestrategicas de controlo mundial das matérias primas, coneguindo assim a reversão de todos os modelos de organização politica conducentes à liberdade dos povos e, por conseguinte, à sua emancipação.

À estrema direita não importa o meio para atingir os fins que sempre teve em vista: a submissão a uma oligarquia dominante. Sejam eles as religiões; os partidos políticos; os medíocres que influenciam a comunicação social e outros.

À extrema direita importa conquistar o poder puro e duro do “quero, posso, e mando!” seja de que forma for.

Aquilo a que temos vindo a assistir desde sempre é o desejo puro da servidão escrava a interesses instalados onde a mudança para um modelo democrático é impensável.

Tudo o mais são discursos da treta rotulados de narrativas sobre tudo e sobre nada onde os conteúdos dos considerandos são pura demagogia para entreter parolos e alimentar comentadores.

Os primeiros são alienados por aparências e os segundos são mentalmente alimentados para criar ilusões que não existem.

A extrema direita não dorme; não é crente; não se ilude. Vive do populismo que divulga através de discursos onde dizem, ou escrevem, aquilo que as populações querem ouvir para a seguir serem vitimas – as populações- das consequências nefastas dos efeitos de muitas das pretensões que só o são porque para isso foram educados.

Ou seja uma sociedade mal educada produz resultados negativos. Por isso a extrema direita controla a educação para, dessa forma, manipular a vontade social e dominar.

E… perguntarão alguns: a extrema esquerda não é a mesma coisa?

– Não!
– Não é!

Os conceitos definidores dos extremos e das pontes tidas por centro, são conceitos sociais definidores de organização politica e económica das sociedades.

1 – A extrema direita/direita defende a organização politica oligárquica economicamente assente em monopólios familiares ou de grupos de apropriação e transformação das matérias primas e dos serviços deixando a distribuição local no foro familiar.

A concentração da riqueza produzida nos meandros do poder e, a total dependência dos diversos estratos sociais tenham eles a relevância que tiverem.

2 – A extrema esquerda/esquerda defende um modelo de organização politica e social assente na rotatividade do poder eleito por voto secreto em eleição regular para o efeito e o controlo pelo Estado dos seus segmentos básicos de suporte económico como o são a água; a energia elétrica; o ordenamento do território; a exploração das matérias primas; os serviços essenciais ao seu funcionamento em sociedades civilizadas devidamente organizadas; a educação; a justiça; entre outros.

3 – O centro, tido por muitos como de suporte social democrata, uma mescla de entendimento social ao centro. Nem à esquerda. Nem à direita.

A democracia anda ao sabor do lado de onde o vento sopra mais forte e cada um faz pela vida consoante pode. O capital financeiro roda em circulo maior ou menor e, nessa senda, investe, ou arrisca, capital terceiro em que se correr bem o investidor fica rico, se correr mal só perde quem tem. A legislação não pode prever tudo, o que permite aos mais espertos contornarem as suas obrigações e, continuarem caminho.

A social democracia é uma espécie de malabarismos variáveis para se sobreviver enquanto que as outras duas valências são formas de organização social com regras para essa mesma sobrevivência.

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