O Dr. Rui Rio resolveu responder às criticas que fiz ao fim dos debates quinzenais com alusões indiretas ao processo Marquês. Fê-lo mais ou menos da mesma forma que antes havia sido utilizada pelo juiz Carlos Alexandre, recorrendo a velhacas insinuações.
Com a fineza de espírito muito própria de quem frequentou colégios estrangeiros o Dr. Rui Rio resolveu responder às criticas que fiz ao fim dos debates quinzenais com alusões indiretas ao processo Marquês. Fê-lo mais ou menos da mesma forma que antes havia sido utilizada pelo juiz Carlos Alexandre, recorrendo a velhacas insinuações.
Pretendo manter a boa disposição, mas devo igualmente levar isto a sério. Há seis anos que me defendo de acusações falsas, injustas e absurdas que põem em causa a minha honestidade e a honra dos governos a que presidi. Há seis anos que me defendo da violência e dos abusos do Estado – da injustiça da detenção, da prisão para investigar, dos prazos de investigação e inquérito sistematicamente violados, dos crimes de violação de segredo de justiça, da campanha de difamação urdida pelas autoridades penais, da parcialidade do juiz durante o inquérito. Agora, a intenção que vejo nas palavras de Rui Rio é a mesma de sempre da direita portuguesa desde que começou o processo – negar-me o direito a protestar a minha inocência, negar-me o direito de defesa e, em última análise, condenar-me sem julgamento.
Talvez um dia alguém lhe pergunte se lhe resta ainda algum sentido de decência e lhe lembre que os julgamentos de tabacaria não passam a ser válidos em função das circunstâncias. Pela minha parte, que já nada espero de tais personagens, aqui ficam estas breves linhas de resposta.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
Foto: responsabilidade do editor
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