A vitória ocorre quase um ano após o golpe que afastou Evo Morales e já foi reconhecida até pela presidente de fato Jeanine Añèz.
Depois de muita protelação, foi divulgada já na madrugada da segunda-feira(19), a pesquisa de boca de urna da eleição presidencial na Bolívia. Segundo o instituto CIESMORI, Luis Arce, ex-ministro da Economia de Evo Morales e candidato pelo MAS-IPSP, tem a preferência de 52,4% dos eleitores que foram à urnas neste domingo (18). Já o ex-presidente e candidato derrotado por Evo Morales há um ano, Carlos Mesa (Comunidad Ciudadana) teria a preferência de 31,5% dos eleitores. Mesmo não sendo ainda números oficiais, a vitória esmagadora de Arce no primeiro turno já foi reconhecida até pela presidente de fato.
Minutos antes de anunciado o resultado da boca de urna, o ex-presidente Evo Morales fez um breve comunicado à imprensa declarando a vitória do MAS. Morales, que se encontra exilado na Argentina, falou em tom sereno, sobre a “recuperação da democracia” e pediu que os rancores sejam deixados de lado na Bolívia.
A vitória de Luis Lucho Arce já foi reconhecida até mesmo pela presidente de fato Jeanine Añéz que reconheceu, em sua conta no Twitter a vitória da chapa Luis Arce e David Choquehuanca. Ela felicitou os vencedores e os pediu que governem pensando na Bolívia e na democracia.
Veja abaixo as primeiras comemorações na sede do Comitê do MAs e junto com Evo Morales
“Somos mayoria carajo” #EleccionesBolivia2020 pic.twitter.com/YtHKZhCmO9
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) October 19, 2020
Quem é Luis Arce
Luis Alberto Arce Catacora é economista, natural de La Paz graduado pela Universidade Mayor de San Andrés e foi ministro de Economia e Finanças durante 13 anos. Ele é considerado um dos responsáveis pelo chamado “milagre econômico”, quando a Bolívia foi o país que mais cresceu na América Latina durante quatro anos consecutivos.
Em 2018, o país sul-americano registrou um aumento de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), batendo um recorde de US$ 40,8 bilhões, enquanto a média de crescimento mundial foi de 3,2% e regional 1,7%, segundo a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
Entre 2017 e 2019, Arce esteve licenciado por 18 meses do cargo, devido a um tratamento de câncer no rim, que realizou no Brasil.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado