Nesta quinta-feira (30), a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo iniciou uma reunião com pelo menos 4 mil diretores de escolas do ensino oficial do estado na cidade de Serra Negra (SP).
Segundo o governo paulista, o evento acontece para discutir a implementação do que eles chamam de novo ensino médio, que é mais velho do que andar para frente e restringe o direitos de todas e todos a uma educação pública, inclusiva, democrática e de qualidade.
Basta ver a foto divulgada pela própria secretaria, que o secretário Rossieli Soares está num palco sem máscara falando aos diretores aglomerados. O ato que mais parece eleitoreiro, está sendo custeado pelos cofres públicos e não observa os protocolos sanitários necessários para a prevenção da covid-19.
Muitos diretores reclamaram ao jornal Folha de S. Paulo que se deixassem seus alunos se aglomerarem como nesta reunião, seriam punidos pelo secretaria que nunca ouve ninguém. Por que agora convocou os 4 mil diretores para essa reunião em Serra Negra? Por que não fizeram em moldes menores para evitar aglomeração? Talvez o resultado apontado nas pesquisas eleitorais explique essa ansiedade.
No fundo, o evento desmascara o governo de João Doria, que faz tanto marketing de ser o governador da vacina, dos protocolos sanitários, da ciência e da vida, mas a realidade é bem outra.
Ele desrespeita as professoras e professores e todos os funcionários do governo. Ele não dialoga, não reajusta os salários, não melhora a estrutura das escolas e passa verbas públicas para empresas gerirem os projetos que engendra. Projetos sem diálogo com os mais interessados
Doria e seu secretário mostram a verdadeira face desse governo distante dos interesses da maioria dos paulistas. Não dão nenhum valor à vida das educadoras e educadores, com não dão valor à vida dos estudantes, das servidoras e servidores. Estão preocupados somente em ganhar notoriedade para se promoverem. Nada mais.
Texto em português do Brasil