As autoridades chinesas bloquearam 580 contas em redes sociais alegando que causavam confusão às pessoas e que atentavam contra a Constituição.
Entre as contas já bloqueadas encontram-se algumas celebridades da cultura chinesa. Os infractores são acusados de “ignorarem as suas responsabilidades sociais, de abusarem da sua influência, de mancharem a honra do Estado e de alteraram a ordem social”.
Segundo um comunicado da Administração do Ciberespaço da China, foi ainda pedido a algumas páginas na Internet que apagassem mais de dois mil textos que são considerados rumores e que perturbam a vida quotidiana da população, o transporte, a segurança alimentar e as políticas públicas.
Esta medida vem antecipar uma nova normativa que será aplicada já a partir do dia 1 de Março e que visa controlar o conteúdo publicado no espaço cibernético chinês por empresas estrangeiras. O documento, também chamado de “regulação para a gestão dos serviços publicitários online” vai abranger as indústrias criativas como jogos, animação, banda desenhada e gravações de áudio ou vídeo.
Em Fevereiro do ano passado, ao discursar na 1.ª Conferência Mundial sobre a Internet em Wuzhen (no Leste da China), o Presidente chinês Xi Jinping, defendeu que cada país deve controlar sua própria internet, uma vez que “liberdade e ordem” devem andar de mãos dadas na rede.
Pelas novas regas, as empresas estrangeiras e suas associadas ficam proibidas de difundir os conteúdos directamente no espaço cibernético chinês e ficam sujeitas à aprovação da Administração Estatal de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão.
A nova normativa complementa um programa de vigilância e censura do Ministério de Segurança Pública chinês, o Grande Firewall da China, já iniciado em 1998.
Nos últimos anos, este programa foi aperfeiçoado e, actualmente, bloqueia páginas com termos considerados “sensíveis” pelo governo, em vez de uma censura integral dos sites, entre os quais estão o Facebook, o Youtube e o Google.