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Terça-feira, Abril 23, 2024

Cidade de Torres Vedras transformada em estaleiro gigante

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

Pelo menos até final de 2020 a cidade de Torres Vedras vai estar em obras, de acordo com a execução do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). Esta foi uma das conclusões das duas visitas técnicas promovidas pela Câmara Municipal.

O projecto desenvolve-se até 2021 e envolve um investimento global de 12,5 milhões de euros, cofinanciado em 10,23 milhões de euros pelo Programa Operacional do Centro Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). A cidade está neste momento transformada num gigante estaleiro, com alguns incómodos para os habitantes, em particular os constantes cortes de trânsito em várias ruas.

Neste momento estão a decorrer dez operações, mas o PEDU prevê um total de 20 intervenções, 16 das quais estão aprovadas e quatro em aprovação, conforme explicou o arquitecto Carlos Figueiredo, chefe da divisão de Planeamento Estratégico e Territorial da autarquia. Segundo o vereador Bruno Ferreira, responsável pelo pelouro da Gestão Urbanística, as obras vão decorrer até Outubro de 2020, mas entretanto algumas vão sendo concluídas, umas já este ano e outras no primeiro trimestre do próximo ano.

Entre essas intervenções estão as obras do Plano de Acção de Mobilidade Urbana (PAMUS), designadamente a ciclovia e as 12 PCC (Paragens de Chegada e Confluência) dos transportes colectivos de passageiros.

A zona norte da cidade, na margem direita do rio Sizandro, decorre outro conjunto de obras: o Plano de Acção Integrada para as Comunidades Desfavorecidas (PAICD) e o Plano de Acção de Regeneração Urbana (PARU), que resultam de outros planos anteriores, como o Torres ao Centro 2009, a requalificação do Choupal (Polis, 2014) e o Encosta 2017. Há ainda um quarto instrumento de planeamento de concessão de empréstimos para a reabilitação urbana e melhoria da eficiência energética dos edifícios.

O programa PARU integra várias operações. Em primeiro lugar a reabilitação e reconversão do antigo Matadouro Municipal, que vai dar lugar ao Centro de Artes e Criatividade. Este edifício, também conhecido como “Museu do Carnaval”, é o projecto âncora de tudo o resto que está a ser feito pelo Programa Encosta e que pretende criar uma nova centralidade na cidade.

Em andamento está a requalificação do espaço urbano envolvente ao antigo matadouro. Em frente do edifício passa a ciclovia e é criado um passeio. A estrada, em calçada, desvia-se um pouco mais para junto da vala dos Amiais, que está também a ser alvo de requalificação, sendo criado um parque de estacionamento e uma ponte pedonal por cima do curso de água que vai dar a um parque verde de lazer. A encosta do Choupal vai ser alvo de uma reabilitação paisagística e consolidação dos terrenos. Os bairros dessa zona serão intervencionados, como o miradouro “Meia Laranja” e outros espaços públicos, assim como a introdução de núcleos de desenvolvimento comunitário.

É aqui que entra o outro programa, o PAICD, que visa recuperar edifícios degradados. O município adquiriu 15 moradias destinadas a habitação social, uma acção que pretende funcionar como incentivo para a iniciativa privada, que já está a acontecer, de acordo com o presidente da Câmara, porque quem reabilitar prédios para habitação na encosta de S. Vicente terá benefícios fiscais.

“Faço um balanço francamente positivo e apesar de conhecer o ritmo de cada uma das obras era importante ter uma noção das mesmas no local”, afirmou o presidente da Câmara no final das visitas. Carlos Bernardes referiu ainda que “queremos dar vida a esta zona da cidade, que estava um pouco esquecida”, acrescentando que “em 30 anos de autarca não tenho memória de uma intervenção desta dimensão na cidade de Torres Vedras”.

“Em boa hora a Câmara Municipal planeou e neste momento está a executar e a melhorar esta zona mais a norte”, disse Francisco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães, lembrando que a cidade tinha vindo a desenvolver-se apenas para sul. “Enquanto intervenientes no espaço público, cabe-nos agora acompanhar os novos residentes, as novas vivências e as novas associações que aqui irão coabitar”, acrescentou.

 

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