A “história” seria banal se não fosse a “qualidade” e o histórico dos implicados. Ideólogo do islamismo radical, este Moulay Omar é, por exemplo, o autor de uma fatwa a proibir as palavras de amor no Facebook.
A sua partner Fatima Nejjar é também uma dirigente islamista radical e notabilizou-se pelas “pregações” em que proibe as estudantes de “ceder ao vício” e de se rirem na presença de homens porque “esse riso entra no domínio da fornicação”…
Ideólogos do Mouvement Unicité et Réforme (MUR), braço ideológico do partido governamental PJD, foram postos em liberdade e o seu processo em tribunal terá início no próximo dia 1 de Setembro.
Um comunicado do MUR reconhece “a violação dos princípios do movimento” pelos dois “amantes”, mas aprecia e destaca a sua “contribuição nos domínios da educação e da predicação”…
O PJD, “partido irmão” do AKP turco de Erdogan e classificado de “islamista conservador” e “anti-ocidental”, é o partido líder da actual coligação governamental em que, além do cargo de primeiro-ministro, detém dez importantes ministérios.
O “flagrante de fornicação” torna-se assim o grande escândalo político da “rentrée” e constitui um terramoto para o movimento islamista e uma ameaça para o actual governo marroquino.
Ou seja e parafraseando um certo ditado popular português, pela fornicação morre o salafista…
Fonte: telquel.ma