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Sexta-feira, Setembro 13, 2024

Donald Trump é atacado por membros do Partido Republicano

trump
Enquanto decorre a Super Terça-Feira, as críticas a Donald Trump, milionário e pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano não páram. E desta vez, vêm de figuras destacadas do próprio partido, ensombrando a promissora aura de candidato à Casa Branca que Trump tinha até agora.

A CNN revelou que Mitt Romney, republicano nomeado para as eleições de 2012, acusou Trump de ter dado “uma resposta nojenta e desqualificada” na questão do apoio dado por um ex-líder do Ku Klux Klan à sua candidatura.

Romney acrescentou ainda que poderia surgir em breve “uma bomba” no que respeita aos impostos do milionário; Trump ripostou na sua conta oficial de Twitter, chamando Romney de “um dos mais estúpidos candidatos na história dos Republicanos” e afirmando que os impostos nada têm a ver com o valor líquido de uma pessoa.

E provocou Romney: “porque é que ele não apoia de uma vez Marco Rubio? Deveria tê-lo feito antes de New Hampshire ou Nevada quando ele tinha alguma vantagem. Tarde demais!”. Terminou com uma certeza: “eu vou fazer o que ele foi incapaz de fazer: vencer!”, assegurou Trump. Mitt Romney voltou a responder a Trump através da rede social: “Eu acho que o Donald protesta demasiado. Mostre aos eleitores a sua declaração de impostos”, desafiou o republicano.

Numa entrevista ao canal Fox News, Romney disse ter “boas razões para acreditar que existe uma bomba nos impostos de Donald Trump”, insistindo: “Ou ele não é, nem de longe, nem de perto, tão rico como diz ser, ou ele não tem pago os impostos que esperaríamos que pagasse; ou então não tem doado dinheiro aos veteranos ou a pessoas incapacitadas, como tem anunciado”, acusou Romney.

Por sua vez, Ben Sasse, senador do estado do Nebraska, prometeu jamais apoiar Trump nas eleições devido à sua “insistente aposta” em “dividir os americanos”. A CNN cita ainda Ken Mehlman, que dirigiu a campanha presidencial de George W. Bush, em 2004, e que censura Trump numa mensagem de Facebook, a propósito da questão da rejeição ao KKK: “ não fazem pouco das pessoas com incapacidades, não insultam heróis de guerra , não dividem as pessoas pela religião ou nacionalidade nem insultam as mulheres. #NuncaTrump”.

Esta onda de contestação dentro do Partido Republicano surge quando Trump está em vantagem para vencer a Super Terça-Feira nos EUA, a caminho de uma nomeação para se candidatar à Casa Branca. A questão, sublinha a CNN, é se esta onda de contestação vinda do próprio partido terá impacto nos resultados eleitorais. Sobretudo quando duas figuras-chave – Chris Christie, governador da Nova Jérsia, e Jeff Sessions, senador do Alabama – declararam apoiar Trump.

Apesar destes apoios de peso, os aliados dos rivais de Trump, Marco Rubio e Ted Cruz, acreditam ainda ser possível derrotar o milionário: teriam de vencer nos seus Estados respectivos e ter fortes resultados noutros Estados decisivos.

Russ Schriefer, um conselheiro sénior da campanha de Mitt Romney em 2012, admitiu à CNN que “os doadores, a elite e os operacionais estão cheios de medo que Trump seja nomeado”, “mas depois vemos os eleitores e estes estão bastante à vontade com ele como nomeado… o que vemos agora é esta imprensa anti-Trump a julgá-lo, mas é tarde”, declarou.

Steve Schmidt, um estrategista republicano que dirigiu a campanha de John McCain em 2008, acha que “uns estão com raiva e em negação, enquanto que outros estão em fase de aceitação”. O entrevistado acredita que a ascensão de Trump reflecte as divergências dentro do partido em anos recentes, no que respeita ao verdadeiro significado de conservadorismo.

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