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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Enterro do Conde de Orgaz, El Greco

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

“Enterro do Conde de Orgaz”, de El Greco. Foi um pintor, escultor e arquitecto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha.

Passado o período da influência italianizante e já imbuído de toda a atmosfera psicológica da sua Toledo, a que se confina, por ter sido mais ou menos “persona non grata” na corte de Madrid, o artista inventa a sua mais poderosa demonstração pictórica, unanimemente considerada ao longo dos séculos.

Há um novo tratamento da luz especialmente simbolizado da irradiação do Pantocrator encimado. Melhor iluminação na parte superior (celestial) que na zona inferior (terrestre). Notável retrato de grupo, jamais visto até ali nas terras do reino das várias Espanhas. As figuras tem um cunho muito espiritualizante, que acompanha uma alteração da proporção.

São retratadas várias figuras toledanas de que se destaca o seu amigo e erudito, António Covarrubias. A figura do miúdo que se encontra à esquerda, é aceite com naturalidade que seja o filho do pintor, de 8 anos, Jorge Manuel.

Informação adicional

Artista: El Greco
Dimensões: 4,8 m x 3,6 m
Material: Tinta a óleo 
Criação: 1586–1588
Local: Igreja de São Tomé, Toledo, Espanha
Períodos: Maneirismo, Renascença Espanhola
Género: Pintura histórica

 


Nota de edição

El Greco
1541-1614

Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido como El Greco, foi um pintor, escultor e arquitecto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Assinava suas obras com o nome original, ressaltando sua origem.

Nasceu em Creta, que naquela época pertencia à República de Veneza e era um centro artístico pós-bizantino. Ali estudou e se tornou-se um mestre dentro dessa tradição artística, antes de ir para Veneza. Em 1570 mudou-se para Roma, onde abriu um atelier e executou algumas séries de trabalhos. Durante sua permanência na Itália, enriqueceu o seu estilo com elementos do maneirismo e da renascença veneziana. Mudou-se para Toledo em 1577, onde viveu e trabalhou até à sua morte. Aí, El Greco recebeu diversas encomendas e produziu as suas pinturas mais conhecidas.

O estilo dramático e expressivo de El Greco foi considerado estranho pelos seus contemporâneos, mas encontrou grande apreciação no século XX, sendo considerado um precursor do expressionismo e do cubismo, ao mesmo tempo em que a sua personalidade e trabalhos eram fonte de inspiração para poetas e escritores como Rainer Maria Rilke e Nikos Kazantzakis. El Greco é considerado pelo modernos estudiosos como um artista tão individual que não o consideram como pertencente a nenhuma das escolas convencionais. É mais conhecido pelas suas figuras tortuosamente alongadas e uso frequente de pigmentação fantástica ou mesmo fantasmagórica, unindo tradições bizantinas com a pintura ocidental.

Fonte: Wikipédia


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