O governo equatoriano declarou o estado de emergência. O sismo teve como epicentro a região costeira norte entre as cidades de Muisne e Pedernales, e foi sentido na capital do país, Quito, bem como em cidades colombianas como Cali, Pasto e Popayan.
Jorge Glas, vice-presidente equatoriano, alertou que o número de mortos pode aumentar, devido aos danos causados na área do epicentro. Os acessos à cidade de Pedernales estão interditadas, avançou o jornal equatoriano El Comercio. De acordo com o mesmo jornal, há pessoas presas entre os escombros, estando as equipas de resgate no local.
Empresas de todo o país estão a oferecer ajuda a quem foi afectado pelo sismo, foram destacados dez mil soldados das Forças Armadas do Equador e o serviço de electricidade está a ser restabelecido nas áreas atingidas. Jorge Glas afirmou ainda que ocorreram 55 réplicas deste sismo, mas que as pessoas que fugiram de suas casas, com medo de um tsunami, podem regressar. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico anunciou que a possibilidade de um maremoto naquela região era reduzida.
O El Comercio avança que foram criados cinco albergues, já a funcionar: dois na cidade de Esmeraldas, dois em Los Ríos e um na cidade de Portoviejo. Países como a Colômbia, México, Panamá e Venezuela ofereceram ajuda ao Equador.
Este sismo no Equador já foi descrito como sendo vinte vezes mais potente do que o terramoto ocorrido no Japão um dia antes, no qual 41 pessoas morreram, mil ficaram feridas e 11 estão ainda dadas como desaparecidas.
Hugo Yepes, do Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional do Equador, disse ao jornal espanhol El Mundo que se trata de “uma grande energia sísmica libertada”, estando o terramoto relacionado com a zona de contacto entre as placas tectónicas de Nazca e da América do Sul; aqui, os terramotos ocorrem com frequência.
Por sua vez, David Rothery, professor de Geociência na Open University do norte de Londres, disse ao jornal britânico que todos os anos, cerca de 20 sismos com esta magnitude ocorrem por todo o mundo, e que não existe qualquer relação causal entre o sismo equatoriano e o sismo ocorrido esta semana no Japão.
O ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador abriu várias linhas telefónicas para que os cidadãos a residirem fora do país possam obter informações dos seus familiares: uma a partir do Perú, outra do Chile, outra da Venezuela, outra a partir dos EUA e do Canadá, bem como de Espanha.
Existe também uma plataforma web que disponibiliza chat ao vivo para quem procura informações.