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João de Sousa

Sexta-feira, Abril 26, 2024

Futebol… Doutrina, claques, adeptos e, o Covid…

Como sabemos, ou devíamos saber, o futebol tem nos dias de hoje a influência que a religião teve ao longo de séculos sobre as pessoas tendo em devida atenção as diferenças estruturantes do intelecto dos indivíduos. Tanto em populações indígenas como em populações organizadas e tidas por, civilizadas.

Sendo certo que, as duas variáveis, são pilares com enfoque temporal diferente. Um: o de formação. E o outro: o de complementaridade a essa mesma formação no domínio instintivo e, por isso, relativo mas, reativo.

Uma influência direta sobre o comportamento coletivo, de massas, cujas consequências sobre as estruturas de organização social são relevantes nomeadamente na sua componente doutrinal primária.

Já naquilo que toca ao comportamento de turba ou horda, com intuito violento, a doutrina de claque, supostamente de apoio e incentivo aos atos de prática desportivos, há com a regularidade conhecida acontecimentos que atentam contra a segurança pública em que os resultados são sempre imprevisíveis e que, em situação de pandemia instalada, assumem contornos de gravidade gritante podendo mesmo ser tida por dramática não só pela concentração de pessoas como da proximidade mas também pelo total desleixo comportamental em todas as suas variáveis sem a noção da responsabilidade coletiva. Algo de, socialmente, desculpável por uma educação incutida minada e armadilhada, onde o poder, tenha a forma que tiver, ainda é, inquestionável.

A educação não consegue acompanhar a nova realidade social no que toca aos equilíbrios ativos e interativos exigidos pelo aumento da densidade Humana no Planeta e as soluções encontradas no âmbito da evolução tecnológica de resposta às necessidades emergentes para os diversos equilíbrios:

  • ambiental;
  • biodiversidade;
  • vida;
  • outros;

Nesse sentido, alguns segmentos das populações continuam a ter reação primária com efeito de massas, horda ou turba, agindo mais por instinto do que por formação. Assim sendo, em situação de pandemia, não pode haver exceções sob pena de completo descalabro com as consequências inerentes.

No caso em apreço: os acontecimentos em Alvalade. Apura-se o comportamento dos adeptos em que as associações ou outra qualquer forma de figura legal devem ser responsabilizadas cível e criminalmente pelos efeitos, causas e consequências, e o “julgamento publico” perante a complacência das organizações do Estado encarregues de cumprir e fazer cumprir a ordem pública, nomeadamente as forças de segurança, também deve ser ouvido, porque só não houve consequência de turba ou horda sobre a “meia dúzia” de agentes encarregues de segurar em última linha aquilo que não devia sequer ter sido iniciado, o ajuntamento, e de vandalismo sobre propriedade, porque no nosso País, felizmente, não há esse ritual.

A partir da existência de condições propícias à construção deste cenário tudo é previsível nos domínios da desordem e do vandalismo. Não aconteceu o pior porque não haviam grupos organizados para, o assicatar da violência…

Lamentável!

O clube de futebol promotor ou permissivo das condições com as causas conhecidas é o primeiro responsável moral pelos acontecimentos e, a evidência, deu razão aos que defendem o fecho dos estádios aos adeptos enquanto durar a pandemia.

Socialmente, o comportamento das claques continuará a ser reprovável mas, este é, o estado civilizacional a que chegamos.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

 

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