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Quinta-feira, Março 28, 2024

Greve dos caminhoneiros requer diálogo e respeito à democracia

O governo do desgastado e impopular Michel Temer só existe para os muito ricos beneficiados pela política econômica imposta ao país desde o golpe de 2016.

A demonstração prática mais visível, nesta semana, da incúria desse governo que não cuida dos interesses do povo e do país, é a greve dos caminhoneiros que, desde a segunda feira (21), afeta a todos os setores da vida nacional, as grandes cidades, os aeroportos e a vida dos brasileiros de maneira geral.

A greve é uma reação contra a política de preços adotada pela Petrobras desde 2017, cujos aumentos diários penalizam os caminhoneiros – e os brasileiros de forma geral. E só favorece as multinacionais do petróleo. A greve é uma reação legítima contra a espoliação imposta ao país e aos trabalhadores.

É uma crise com nome e sobrenome: o presidente postiço Michel Temer e Pedro Parente, o mais sabujo, descarado e submisso serviçal das multinacionais do petróleo.

A insuportável política de aumentos no preço diários dos combustíveis, acompanhando os preços internacionais e a variação do dólar no Brasil, gerou esta que é tida como uma crise anunciada. Primeiro foram os aumentos do preço do gás de cozinha, tão acentuados que um milhão e duzentos mil famílias deixaram de usá-lo, voltando em muitos lugares a usar lenha para cozinhar.

Os aumentos nos preços da gasolina e diesel foram mais explosivos – e os generalizados protestos e denúncias desembocaram na atual greve de caminhoneiros, que é o retrato do governo que privilegia os interesses financeiros e favorece as multinacionais. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) informa que, sob Parente, o Brasil reduziu em muito sua capacidade de refino do petróleo, passando a exportar petróleo bruto e a importar gasolina. O refino caiu para apenas 70% da capacidade, e o país se tornou comprador de 20% da gasolina s exportada pelos EUA. Para o bem do Brasil e da própria Petrobras, é necessário que Pedro Parente saia da presidência da estatal.

Incapaz de construir uma saída para a crise que criou, apela para o uso das Forças Armadas, que têm seu papel distorcido e vulgarizado. O país não aceita nenhuma aventura, nenhuma ruptura da ordem legal e institucional. Exige o respeito à legalidade, aos direitos sociais e políticos, o respeito ao direito de manifestação e, neste caso, ao direito de greve.

A saída da crise está na substituição do governo golpista e seu programa elitista e antipopular por outro que, aprovado e legitimado pelas urnas, atenda aos interesses do povo brasileiro, fortaleça a democracia e a economia do país e respeite a soberania nacional. Os brasileiros precisam se livrar de toda a quadrilha golpista, que tomando de assalto o poder da República, governa para os ricos e o mercado financeiro e despreza os interesses do povo, dos trabalhadores e da nação em seu conjunto.

Texto em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV  / Tornado

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