O Exército israelense fez vários disparos contra posições do Hamas, o movimento islâmico de resistência palestina no poder em Gaza.
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel informaram que ninguém ficou ferido e que a ação ocorreu em resposta aos tiros disparados contra soldados israelenses na fronteira, a partir do território palestino sitiado há mais de dez anos por Israel.
Fontes de segurança palestinas em Gaza disseram à AFP que os disparos israelenses atingiram postos de observação militares em três locais na fronteira.
Essas mesmas fontes indicaram que nenhuma vítima havia sido relatada do lado palestino.
Há mais de um ano, os palestinos protestam, pelo menos uma vez por semana, ao longo da fronteira contra o bloqueio imposto há mais de dez anos por Israel e para exigir o direito de retorno às terras de onde fugiram ou foram expulsos com a criação do Estado de Israel em 1948.
O ministro da Saúde em Gaza disse que 15 pessoas, incluindo dois socorristas e “um jornalista” ficaram feridos nesta sexta-feira por tiros de soldados israelenses durante as manifestações na fronteira.
Pelo menos 264 palestinos foram mortos desde o início das manifestações ou em ataques de retaliação por parte de Israel. Dois soldados israelenses morreram no mesmo período.
Por outro lado, o Hamas pediu nesta sexta-feira à ONU que acelere o plano de levar a ajuda do Catar ao enclave palestino, no marco de uma trégua negociada com Israel por mediação do Egito.
Segundo o Hamas, a trégua prevê o alívio do bloqueio israelense em troca do retorno à tranquilidade na fronteira. Israel não comentou publicamente sobre este acordo.
Em novembro, o Catar, aliado do Hamas, prometeu dar cerca de US$ 15 milhões por mês em ajuda durante seis meses.
Uma parte dos fundos foi usada para pagar os salários dos funcionários do Hamas, mas depois Israel se opôs.
“Os fundos do Catar e os fundos do Banco Mundial existem. Mas o ritmo da implementação do mecanismo das Nações Unidas é lento”, disse à AFP Jalil al-Hayya, líder do Hamas.
Mais de dois milhões de pessoas vivem na Faixa de Gaza, em condições de vida que se deterioram devido ao bloqueio israelense.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 (Com informações da AFP) / Tornado
