Deturpou o bailado e deu-lhe foi para avacalhar o sistema do Imposto sobre os Imóveis, dando-lhe um nó cego de tal maneira que o rei Sol passa a pagar imposto.
Casas banhadas por ele sofrem uma taxa acrescida, uma arma excessiva para a caça existente, sendo que Portugal tem Sol para dar e vender, aliás, e pouco mais do que isso. Daí até, que o nosso povo, nesse aspecto e por aspecto, seja um bocadinho africano, o que é uma das nossas raras mais-valias.
O Governo tem de começar a dirigir investigações mentais sobre si próprio, sobre como anda essa coisa da imaginação, de forma a evitar tornar leis mais ou menos históricas em actos estúpidos. Isto, apesar do Partido maioritário de apoio, só para fascinar, rotular a medida de «justiça fiscal».
Vejo pelo que se passa cá em casa, onde reina um sentimento de desordem, a começar pelas obras nas janelas e na varanda de forma a impedir que o lar veja Sol. A família está desunida. Uns esperam a glória do investimento na futura poupança de semelhante iniciativa, outros, como eu, assistem.
Já tenho medo de à noite olhar para a Lua, não vá um gajo não perceber que pode ser o Sol a fazer a sua ronda nocturna e pimba! Imposto! Imposto! Imposto!
Enfim, o disparate é uma indústria – a única – que prospera dia a dia em Portugal.
Mas por onde andam as raparigas do meu bairro com pernas de vinte anos para dançar o avacalho comigo? Estou tão carente…estou tão receoso de não poder voltar a bronzear-me…mau! Querem ver que lhes estou a dar ideias?!? Não! Nas praias…NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!