Há coisas que não vão lá com a leitura dos títulos do programa.
É preciso examinar as orientações – mesmo as genéricas – exemplificativamente, a da pág. 74 do referencial da educação para a saúde e é preciso conhecer os materiais concretos, tanto quanto as indicações específicas – ainda exemplificativamente, aponto as da pág. 63 do guião para a educação cívica no pré-primário – como já disse noutros lugares.
“Desconstruir os papéis sociais” do homem e da mulher, junto de crianças de três e quatro anos – na passagem da relação simbiótica com a mãe, para a maior proximidade com o pai, cuja figura se vai tornando progressivamente mais relevante – é intrusão directa no processo de desenvolvimento infantil; e aumentar essa pressão junto de crianças de oito e nove anos – idade da formação das primeiras convicções morais – é outro crime contra a integridade moral e contra os direitos das crianças ao desenvolvimento harmonioso da respectiva personalidade.
É também uma intrusão nos poderes-deveres dos pais, que não são informados dos materiais usados no quotidiano escolar. Nem evidentemente os informam do que dizem as “educadoras” que têm instruções escritas para irem sugerindo às crianças outros modelos de família (é urgente a instauração de inquéritos criminais, abrangendo as criaturas de quem recebem indicações hierárquicas para fazer estas coisas).
Ao contrário, as “educadoras” informam não se sabe quem dos “estereótipos” da normalidade proscrita que detectam, como lhes foi especificamente indicado, nas acções que protagonizam de vigilância e obtenção de informações familiares junto de crianças entre os três e os seis anos.
Mas a corja vai ainda além. Ao confrontarem insistentemente as crianças com aspectos de condutas sexuais aberrantes, seja pela apologia da sodomia, seja pela apologia de outras aberrações (como tomar por objecto sexual uma árvore, por exemplo) e dizer-lhes que aquilo é para ser tolerado (antes sequer delas poderem ter qualquer experiência de relacionamento sexual) isso é – além do mais – um atentado contra o desenvolvimento da consciência crítica.
Insisto nesta monstruosidade, porque pode não estar a ser bem vista: o primeiro contacto com aspectos da vida sexual adulta, para especificamente falarem de tais temas – sem qualquer conhecimento dos pais, em boa parte dos casos – é com os “queer”, por decisão “escolar”.
E os miúdos tornam-se (para cúmulo) avessos ao exercício crítico. (Esta devastação moral já corre há quatro anos). Não querem gente a “dizer mal”, porque dizer mal é “julgar”, discernir é julgar e julgar é proibido, porque não é aceitar… A própria comunicação com os pais fica perturbada. E o que os pais dizem vai perdendo importância, porque o “cetor” disse coisas em divergência, das quais os pais não têm o menor conhecimento e em cuja base as crianças passam a suspeitar, no mínimo, que os pais, coitados, são idiotas.
Os pais – por seu turno – vão sendo tranquilizados, não é? -“É uma fase”, -“são jovens”, -“os jovens são assim”… E os miúdos estão a ser completamente pervertidos (para dizer o mínimo e sem querer ser antipático) sem defesa, aliás, porque quase ninguém sabe ao certo o que está a acontecer.
É um processo psicotizante, este. Depois, imagine-se, quando se reage, aparecem os sodo-oligofrénicos e outros “queer”a dizer que estão a “educar para o respeito pelo outro”. Não estão.
Não basta mudar os nomes às coisas para lhes alterar a natureza. Malditos, ensinam as Sagradas Escrituras, malditos os que falseiam o sentido das palavras e chamam ao mal, bem e ao bem, mal; às trevas, luz e à luz, trevas; amargo ao doce e doce ao amargo. Está em Isaías 5, 20.
Esse “respeito pelo outro” – com os concretos conteúdos dos textos oficiais, se mais não houvesse e infelizmente há – deve ser-lhes colado no lombo por sentenças criminais.
Em síntese geral: nem socialistas da casa pia, nem padres da pederastia.
Nem sequer entendo a reacção exacerbada contra a direita católica que é tão moderada na reacção. (Que grande alarme).
Essa gente só quer que não seja obrigatório assistir às conferências escolares de degenerados e anormais, ou acções afins. Modestamente entendo – em divergência – que isso é proibido e não pode haver voluntariedade em matéria de direitos indisponíveis.
Os textos oficias, como me fez notar uma amiga, abrem para esta sequência de crimes contra a integridade moral e de incentivos contra a integridade física de menores, com a expressão – aqui indecorosa – “Acreditamos que (…)”.
Aquilo em que acreditam não basta para derrogar as conclusões da Psicologia do Desenvolvimento, em face das quais isto são simples condutas a remeter à Lei Penal. Também não chega como “causa de justificação” para o afrontamento, com esta amplitude, das referências éticas e jurídicas consensuais na vida das comunidades.
Espero portanto que – com a urgência possível – aquilo em que acreditam seja remetido a lugar onde melhor lhes caiba.
As profissões de fé na aberração, enunciadas por funcionários, não podem opor-se à vida de comunidades inteiras, ameaçando visivelmente o futuro das jovens gerações. Nem arrogar-se poderes soberanos com tal alcance, porque não existem tais poderes.