Caro Dr. Freud.
Sempre que nos encontramos o senhor pergunta-me “e as namoradas, como vão?”.
Realmente, caro Dr., nunca percebi o porquê do plural.
Mas já que toquei no assunto…
Acho que vou precisar mais um pouco de chocolate, daquele que me recomendou da última vez para resolver o problema.
Disse-me o doutor que o sucesso era fazê-las rirem.
Mas rir de mim, também conta?
E aquele conselho de falar com elas assuntos que as interessam?
É que conheci recentemente uma rapariga e lá encaminhei o assunto para o rímel, blush e até para o batom.
Tem a certeza da eficácia desse conselho? Acha mesmo que ele funciona?
É que ela soltou um “ihihihihihih” quase interminável e pôs-se a milhas.
Sabe que esses “ihihihihs” podem significar um ou dois milhões de coisas, mas todas elas péssimas para a reputação de um gajo?
Pois bem, foi exactamente isso.
Amigo Sigmund, vá pensando nisso até novas minhas, talvez numa cervejaria ou no Bar dos Canalhas a espalhar chocolate pelas mesas e pelos balcões.
Depois, talvez, tentar a hipnose, não?
Um abraço, pá.