Um país onde as pessoas têm olhos para não ver e são surdas às vozes das coisas.
Onde agitam os sonhos e criam a desordem por todo o lado.
Os patetas alegres desse país têm versos dentro do corpo.
Mas são uns cabrões.
No país dos patetas alegres, umas vezes há mar, outras sertão.
Quando esses patetas partem, se partirem, os outros ficam com saudades. Quando ficam, se ficarem, os outros terão na mesma, saudades. Por isso patetas. Daí alegres.
Salva-os porque Deus ama toda a gente, até os patetas.
Entre eles nunca há paz, apenas tréguas.
O país dos patetas alegres é um bom sítio para um reencontro 40 ou 50 anos depois.
Os patetas alegres para reconhecerem o território, metem as mãos por dentro dos soutiens.
Neste país há montanha por toda a parte, os patetas correm e trepam em todas as direcções e por vezes de forma abrupta.
Segundo o seu criador, um palhaço chamado Passos Coelho, o país dos patetas alegres é um país onde muitos têm lambido muito e muitos outros muitos não lamberam nada. Era Portugal. E o palhacinho seu primeiro-ministro.
Há palhaços que o são sem dar por ela.
Acontece com frequência ao despeitado, ao Alien, Passos Coelho.
Disse-o bem alto, «há patetas alegres que acreditam neste governo».
Eu sou um deles. Enquanto tal, meus amigos não me levem a mal, levem-me apenas a andar por aí…
Essa figurinha que Alexandre O’Neil definiria de «coisa em forma de assim» deve embebedar-se a toda a hora. E o vinho, ou seja lá o que for, deve ter este efeito sobre ele: deixá-lo tíbio e fraco, a precisar de ser guiado.
Guiem o homem, portanto.
Sejam caridosos meus irmãos.
O Júlio de Matos fica na Avª do Brasil, em Lisboa!!!
É lá que tratam as pessoas de cabeça perdida.
