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Quarta-feira, Março 27, 2024

Trabalho condenado pela Inteligência Artificial?

Christiane Brito, em São Paulo
Christiane Brito, em São Paulo
Jornalista, escritora e eterna militante pelos direitos humanos; criou a “Biografia do Idoso” contra o ageísmo.  É adepta do Hip-Hop (Rap) como legítima e uma das mais belas expressões culturais da resistência dos povos.

66% dos empresários brasileiros aceitam sem restrição a Inteligência Artificial como opção para mão-de-obra qualificada

A maior tendência tecnológica para os pequenos e médios negócios neste ano  (2017) será o uso da inteligência artificial (IA). Sabe-se que nos últimos anos de Lula e Dilma Rousseff, os pequenos e médios empresários foram os principais empregadores da massa de trabalhadores, mas também a maior parte prejudicada por falta de recursos do governo para dar continuidade à luta (é uma luta manter empresa pequena e média com performance de excelência num país que precisa de reformas e Justiça nessa área, num país voltado às maracutaias das grandes).

Uma pesquisa realizada pela Sage, líder em sistemas de gestão empresarial e contabilidade, mostra que 66% dos empresários brasileiros enxergam na inteligência artificial como a principal tendência tecnológica. Os brasileiros estão à frente dos demais empresários no mundo (58%).

Além de reduzir erros e encurtar prazos, a inteligência artificial facilita na tomada de decisões a partir de um volume de dados que um “profissional humano dificilmente conseguiria abarcar”.

Triste constatar que uma máquina toma decisões com mais elementos e assertividade do que o humano consegue abarcar, tenho dúvidas e acho que essas investidas solucionam a política mal resolvida de pequenas e médias, além de estar afinada com a terceirização, fiasco da relações trabalhistas, com a qual temos convividos há anos e, agora, consolida-se nas mãos do presidente golpista.

A tecnologia é imprescindível ao avanço dos negócios, isso não se discute. Mas a Inteligência Artificial (em velocidade galopante) que chega para “retirar os profissionais humanos dos cargos de decisão”, sob a alegação de que a I.A. é mais rápida e assertiva do que “profissionais humanos”, antigos experientes gestores, é preocupante. Vejam bem, estamos falando de gestores de primeira linha, que sempre comandaram a empresa, com “insights, experiência, intuição, sensibilidade e inteligência superdesenvolvida ao longo de extensa carreira para lidar com problemas de difícil solução.

Mudando o assunto, a I. A. está abrindo caminhos em meio a crises de mercado, caso da Toyota, que muda seus negócios. Para adaptarem-se aos tempos de carros estocados e sem oferta no pátio, estão fabricando cadeiras, próteses e até inteligência artificial para idosos – mercado crescente.

Um implante no cérebro talvez resolver os problemas cognitivos de um idoso com Alzheimer, por exemplo, mas e as suas lembranças, e o seu relacionamento cheio de momentos particulares e construtivos, onde vão parar. Teremos robôs em meio a humanos que sofrem, se sensibilizam, envelhecem.

Mesmo nas metrópoles, onde se concentram as médias e grandes empresas, o número de MPEs é sempre expressivo e importante, porque elas empregam a grande massa de pessoas que estão no mercado de trabalho e não são absorvidas pelas médias e grandes empresas. Elas se destacam especialmente nos bairros, empregando a mão-de-obra local na fabricação e comercialização de produtos que atendem às necessidades básicas da população, tais como: construção, vestuário, calçados, alimentos, bebidas, móveis, limpeza, higiene e perfumaria, medicamentos, combustíveis, editorial, gráfico e embalagens e a prestação de serviços diversos como de mecânica automotiva, de hospedagem e alimentação, de transportes, de beleza, de educação, de entretenimentos, de informática e acesso à Internet, entre outros (VIEIRA, 2007). Em relação aos vínculos empregatícios, de acordo com o que descreve Silva et al., (2011), o percentual médio de vínculos nas MPEs situou-se em 8,82% no período 2000-2009, sobressaindo-se das médias e grandes empresas, respectivamente com 4,40% e 5,17%. No acumulado do período as MPEs foram responsáveis por 88,27% dos vínculos empregatícios, já as médias empresas, 43,96% e as grandes empresas, 51,71%. Tabela 5: Evolução do Emprego Formal – Metrópoles Porte 2000-2009 Emprego Formal Var. Média Var. Acumulada Micro 3,67 36,73 Pequena 5,15 51,54 MPEs 8,82 88,27 Média 4,40 43,96 Grande 5,17 51,71 TOTAL 18,39 183,94 Fonte: Silva et al., (2011).

Para isso, os programas utilizam a mesma linguagem de sistemas convencionais, mas com uma lógica diferente. Em alguns casos, o sistema inteligente funciona com uma lógica simples – se a pergunta for x, a resposta é y. Em outros casos, como os estudos em redes neurais, a máquina tenta reproduzir a lógica do pensamento humano em que as informações vão sendo transmitidas de uma célula a outra, combinando dados para encontrar uma solução.

Os empresários brasileiros enxergam na inteligência artificial a oportunidade para mudar positivamente a forma como inúmeras tarefas são feitas, otimizando tempo e proporcionando eficiência”

Ainda de acordo com o levantamento, a maioria dos brasileiros (66%) enxerga os benefícios do uso da inteligência artificial e dos bots na organização da vida profissional e dos negócios. No mundo, essa média cai para 47%, demonstrando maior receio por parte dos empresários quando o assunto é a inclusão das novas tecnologias na rotina de trabalho.

Os chamados Chatbots, ou simplesmente Bots, estão cada vez mais presentes no dia a dia das empresas. Por meio desses robôs, é possível realizar determinadas funções sem a necessidade de baixar ou instalar um aplicativo. Isso porque os bots funcionam como assistentes específicos para cada situação, “traduzindo” a conversação em linguagem natural entre um usuário e um aplicativo. Conversando com ele, os empresários podem, por exemplo, emitir uma nota fiscal de forma rápida e simples. Por meio de um bate-papo, o usuário informa os dados solicitados e o assistente virtual é capaz de interpretar as informações e, em seguida, gerar a nota.

A pesquisa foi realizada em 19 países, com 5.500 empreendedores. No Brasil, foram ouvidos cerca de 530 empresários, a maioria entre 30 e 44 anos.

A autora escreve em português do BrasilFonte: JeffreyGroup

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