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João de Sousa

Sexta-feira, Abril 19, 2024

A crise do neoliberalismo

A história das crises econômicas e cíclica: seja da Depressão de 1929, seja nas crises econômicas posteriores, somente o estado acudiu as nações, em qualquer país do mundo.

Quando Ronald Reagan e Margaret Thatcher idealizaram o neoliberalismo não imaginavam que gerariam tantas desigualdades sociais, e que décadas depois, seria fator primordial para a catástrofe que vivenciamos.

Evidentemente que o discurso embusteiro do neoliberalismo não condiz com as ações, tanto dos EUA como do Reino Unido dentre outros; países ricos e que mantêm o Estado forte para suas realizações.

O desmonte dos estados nacionais, apregoado pelos “gênios” escravos do dito mercado, estão agora em pânico, afinal não será o mercado que salvará a humanidade do Covid-19.

Diante do cenário que se apresenta enfrentamos duas dramáticas crises: uma de saúde pública e outra de ordem econômica.

Neste momento agudo não temos os instrumentos vitais para a crise, a começar pelo desmonte irresponsável das Universidades e Centros de Pesquisas – órgãos essenciais para a formação de profissionais de saúde -, para o desenvolvimento de tecnologia de equipamentos, e para o desenvolvimento de vacina ou remédio contra o Covid-19.

Somente as pesquisas científicas, através destes locais desprezados pelo atual Governo, são capazes de livrar a humanidade desta catástrofe. Como diz o ditado popular do mercado: “Não existe almoço grátis”. Verdade soberana.

Sucateadas, sabotadas e negligenciadas como nossas Universidades e Centros de Pesquisa podem ajudar?

Cadê o investimento na inteligência pátria? Os cultuadores da ignorância nacional, sugerem o quê?

Não há desenvolvimento e nem afirmação soberana sem ciência e tecnologia; fato inconteste este.

Agora, os subservientes escravos do neoliberalismo ficam à mercê dos países desenvolvidos que ditam as regras do estado mínimo aos outros, mas conservam seus investimentos e seu poderio estatal. Afinal, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Outro fator imperativo a observar é que o sistema privado de saúde visa lucros, e diante de uma pandemia dessas, somente o estado é capaz de combater com alguma eficiência tamanha crise. Entretanto ressalva-se que agora, não resolverá seu CPF pois a calamidade atinge, inexoravelmente, todos os hospitais. Simplesmente não terão vagas.

Imagine o povo Brasileiro sem o SUS agora! Mas também não podemos nos esquecer dos cortes orçamentários, do baixíssimo investimento e do desmonte do mesmo, tudo em nome do mercado, e do neoliberalismo o qual nos escravizamos.

Na questão econômica então, nada absolutamente nada, podem fazer os estados mínimos. O dito mercado funciona assim com o Covid-19: usa o Estado como hospedeiro de suas ambições, contaminando e enfermando brutalmente a sociedade. E não duvide, os donos do dinheiro grosso são parasitas e vivem da especulação.

Quem poderá refinanciar as empresas, o comércio e a indústria, senão o estado?

A história das crises econômicas e cíclica: seja da Depressão de 1929, seja nas crises econômicas posteriores, somente o estado acudiu as nações, em qualquer país do mundo.

Será que a Escola de Chicago seguida pelo nosso ministro da Fazenda tem alguma sugestão melhor? Ou, os seguidores de Ronald Reagan e Margaret Thatcher têm outra solução?

O que o neoliberalismo fará diante da crise?

O que os estados mínimos ou micros podem auxiliar?


por Henrique Matthiesen, Bacharel em Direito e pós-Graduado em Sociologia | Texto em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado


 

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