Ouvindo o que disse o Deputado do PP em Luanda sobre a presença da extrema direita portuguesa no Congresso do MPLA, levou-me às ligaduras.
Cito e excito:
– Ouvindo o que ouvi aqui até parece que estava num Congresso do PP…!!!
Onde é que eu me magoei?
Foi constatar que os ratos não sabem nada sobre o que roem, nem escolhem o que roem, não amam nem odeiam quem roem, simplesmente roem.
Fui roído e compelido a constatar.
Este homem, que não cheira a flores, não tem vergonha na cara, tem dentes afiados para roer tudo o que lhe apareça à frente e vai continuar a envelhecer neste rumo.
Quando crescer muito, quando for velho, as palavras sérias olharão para ele e dirão:
– Então, pá? Querias morrer descalço, punho erguido e a cantar o Grândola Vila Morena…não era?
O Deputado do CDS/PP que esteve a conspurcar o congresso do MPLA dirá que já nem se lembrava disso. Que só sabe que era uma borboleta….sempre a voar…sempre a envelhecer flutuando para aqui e para ali…sempre em pântanos políticos.
Esse Deputado tem o rosto sinistro de quem sofre de alucinações, e em Luanda quis passar por um Maaloula qualquer, mas só foi merecedor de uma salva de palmas de estupidez.
Esta semana teve duas 5ªs feiras.
A das pessoas normais e a do Deputado PP que é de Viseu, mas não parece. Teve o seu dia único, graças a Deus, que só dele, pois o mundo sensato, ajuizado, sério, nem sequer o pôs no mapa.
A borboleta, o Rei Artur do vinho tinto Dão, o lado fingidor de uma 5ª feira em Luanda, passou a ser a minha estória do Era Uma Vez…
Era Uma Vez um Deputado borboleta que foi por aí abaixo, até a Angola, e choveu todo o caminho.
Era Uma Vez, então, um Deputado que perdeu a réstia de juízo que ainda se pensava ter. E então a Minha Vez, deixou de o ser. Lixou-me o livro.
O Camarada AMARAL é uma sátira política.
Alguém que informe o Camarada AMARAL que o mundo precisa de loucos, sim, mas de loucos uns pelos outros.
Não é aquele descaramento oratório, aquela troça, que teve assinatura de um tresloucado capaz de tamanha insanidade política…de tamanha ofensa a quem o convidou.
E até a quem o ouviu.