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João de Sousa

Quinta-feira, Abril 25, 2024

Comboios perdidos

Paulo Casaca, em Bruxelas
Paulo Casaca, em Bruxelas
Foi deputado no Parlamento Europeu de 1999 a 2009, na Assembleia da República em 1992-1993 e na Assembleia Regional dos Açores em 1990-1991. Foi professor convidado no ISEG 1995-1996, bem como no ISCAL. É autor de alguns livros em economia e relações internacionais.

A estação é um símbolo de urbanidade, e o estudo limita-se a observar o carácter rural do voto, que poderia ser de resto confirmado noutras longitudes.

A título de exemplo, nos EUA, Donald Trump teve votações mínimas nas grandes cidades (4% dos votos na capital DC, por exemplo) mas esmagou nos condados rurais do país.

Vem isto a propósito do pacote de liberalização ferroviária aprovado pelo Parlamento Europeu (PE) designado no seu site oficial como “regras para fomentar o uso dos comboios” embora caucione o encerramento de estações e linhas férreas.

Em Aulnoye, no coração da antiga região industrial Norte, entreposto ferroviário onde parava o Paris – Moscovo ou o Calais – Basileia hoje desaparecidos, a Frente Nacional foi o partido mais votado, somando mais que a outrora esmagadora esquerda junta.

Em Aulnoye já não é possível chegar de comboio a Bruxelas ou a Estrasburgo, mas no PE parece pensar-se que só é necessário o comboio da propaganda.

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