O campo de Idomeni situa-se na fronteira grega com a ex-república jugoslava da Macedónia.
Depois de ter sido proibido o acesso de jornalistas àquela região, cerca de 1400 agentes da polícia grega foram destacados para levar a cabo a evacuação, que vai em direcção à fronteira.
Yorgos Kyritsis, coordenador do governo de Atenas para a crise migratória, confirmou este desalojamento, que prevê “estar concluído numa semana, no máximo dez dias”.
O representante do governo afirmou que a polícia “vai evitar confrontos e contribuir para a transferência de refugiados para centros de acolhimento”, ou seja, seis antigas fábricas transformadas em albergues. O jornal grego To Vima afirma que a polícia recebeu instruções claras para não usar a força. Recorde-se que Idomeni chegou a ter cerca de 15 mil migrantes aí estacionados. “Algo como Idomeni não pode continuar. Apenas serve os interesses dos traficantes de pessoas”, insistiu Kyritsis.
Desde as primeiras tentativas de deslocação destes migrantes naquela zona fronteiriça, em Março, que os mesmos oferecem resistência às intenções gregas, influenciados por boatos que davam conta da reabertura da fronteira ou apenas renitentes em saírem da região.
Para além de enfrentarem as intempéries em condições de alojamento muito precárias, lidaram com as investidas (com gás lacrimogéneo) da polícia macedónia, cujo objectivo era evitar que cruzassem a vala que separa ambos os países. As organizações não-governamentais, como os Médicos Sem Fronteiras, têm denunciado estas acções da polícia macedónia.
