À Lusa, o advogado Walter Tondela explicou que em causa está a “situação carcerária” dos activistas, já que o recurso admitido pelo tribunal de Luanda segue agora para apreciação pelo Tribunal Supremo.
Um dos argumentos deste recurso é o facto de, durante o julgamento, o Ministério Público ter deixado cair a acusação de actos preparatórios para um atentado ao Presidente, apresentado, por sua vez, uma nova associação de malfeitores, sobre a qual os activistas não chegaram a apresentar defesa.
[…] As acusações variavam entre “falsificação de documentos” (no caso de Luaty Beirão) e “liderança de associação criminosa” (no caso de Cruz). Outro activista, Francisco Mapanda, foi condenado por ter gritado em protesto durante o julgamento. “Este julgamento é uma anedota”, exclamou. Tanto os advogados de defesa como de acusação assumiram que vão recorrer da sentença. […]