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Sexta-feira, Abril 19, 2024

Desapareceram todas as crianças de Évora, Portalegre

João Vasco AlmeidaMais de 10 mil crianças de todo o Alto Alentejo desapareceram esta madrugada. O primeiro-ministro fez uma declaração ao país às seis da manhã, a partir de São Bento, confirmando a tragédia e anunciou que vai declarar o Estado de Calamidade e de Emergência. As fronteiras estão fechadas em todo o país e o ministro dos Negócios Estrangeiros, avisou a União Europeia que o acordo Shengen está suspenso sine die.

O desaparecimento das 13.872 crianças, entre recém nascidos até jovens de 14 anos, teve o alerta dado pelo CDOS de Évora às 0h23, através de comunicado. Esse primeiro alerta relatava que os menores estavam perdidos de seus pais, avós e tutores, depois de um estranho serão em que todas, sem excepção, terão sido espancadas, violadas e mutiladas com instrumentos cortantes, desde bisturis a x-actos.

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Tudo aconteceu já de noite

Um segundo comunicado, pelas 02h30, afirmava já que nem todas as crianças desaparecidas terão sido vítimas directas mas que o medo e os gritos dos vizinhos, ou mesmo alertas via SMS, entre os menores, dizia que seria melhor fugirem para os quartéis de bombeiros e esquadras da polícia, ou mesmo para instalações militares ou da Santa Casa.

A afluência de crianças foi constante até às três da manhã, hora a que todas as autoridades perderam o rasto das 13 mil crianças e jovens, a maioria de pijama e os mais pequenos, de berço, trazidos por irmãos mais velhos.

Um militar da GNR de Portalegre afirma que a essa hora da madrugada, apesar dos esforços dos médicos e enfermeiros do Hospital José Maria Grande, a unidade daquela cidade, “o sangue, os grunhidos e até o cheiro das fezes faziam com que todos se quisessem afastar”. O mesmo militar diz que “grande parte das crianças, senão todas, estavam identificadas”, mas que, “sem que ninguém percebesse, foram desaparecendo”.

O cenário foi igual em Elvas, Campo Maior, Castelo de Vide, Ponte de Sor, Crato, Marvão ou Sousel, segundo os relatos conhecidos.

Já esta manhã, o primeiro-ministro declarou que “apesar desta gravíssima tragédia, o Governo, por sugestão da União Europeia, decidiu entregar o caso à polícia” e que chamará a colaboração dos parceiros europeus, nomeadamente da Europol”.

‘O coordenador europeu da Europol, Brian Donald, afirmou há pouco, em declarações ao jornal britânico Observer: “Sem acompanhamento de adultos poderão ter sido presas fáceis para as redes de traficantes que raptam menores”.

Portugal tem estado na rota dos grupos de traficantes de seres humanos com origem no Leste europeu desde o pós guerra dos Balcãs.

Apesar de milhares de vozes que se concentram, neste preciso momento, junto à Assembleia da República, o Governo e o Presidente da República indicam que é melhor deixar “nas mãos mais competentes” a resolução do “incidente” – como o caracterizou um elemento de um Órgão de Soberania.

Entretanto, as autoridades dizem-se sem pessoal para prosseguir a investigação, uma vez que “o Comando-local da Polícia Marítima (PM) de Lisboa realizou durante a noite de ontem, uma operação conjunta com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para controlo da permanência legal de cidadãos estrangeiros no país, no Terminal Fluvial do Terreiro do Paço, com especial incidência nas carreiras Barreiro/Lisboa”.

“Se calhar foram uns tios que as levaram, ou voltaram para casa, sei lá”, rematou a mesma fonte.

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Veja:

Plataforma de Apoio aos Refugiados

ACNUR

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