A World Pancreatic Cancer Coalition (WPCC) assinala, pelo terceiro ano consecutivo, o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas com o lançamento de um movimento de sensibilização em todo o Mundo – “In It Together” – que pretende despertar a sociedade para a gravidade da elevada mortalidade desta doença – é o cancro com a mais baixa taxa de sobrevivência -, a sua sintomatologia e os fatores de risco. A investigação no carcinoma do pâncreas recebe menos de 2 por cento de todos os financiamentos para a investigação do cancro na Europa.
Em Portugal, a iniciativa é apresentada a 17 de Novembro, pelas 17h30, no Simpósio Nacional da Sociedade Portuguesa de Oncologia, na Figueira da Foz.
Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal, lança um desafio aos Portugueses:
“De acordo com um estudo global, 60 por cento das pessoas desconhecem sintomatologia e áreas de risco sobre o cancro do pâncreas, dado que vem evidenciar a importância do trabalho desenvolvido pela WPCC. A informação e participação dos cidadãos é fundamental para a promoção e a disseminação do conhecimento de forma a podermos potenciar a sua detecção precoce. É importante que os Portugueses se envolvam nesta causa, tratando-se de uma doença que afecta, por ano, no nosso país, cerca de 1300 pessoas e que tem a taxa de mortalidade mais elevada”.
Neste evento será debatido o impacto do cancro do pâncreas nos doentes, a importância de um diagnóstico atempado e o que se faz na Europa e em Portugal para dar respostas às principais dificuldades dos doentes, cuidadores, especialistas e associações.
O cancro do pâncreas surge quando células malignas no pâncreas, um órgão glandular localizado atrás do estômago, se começam a multiplicar e formam uma massa. Apenas 2 a 10 por cento de pessoas diagnosticadas sobrevivem cinco anos. “O carcinoma pancreático é o único cancro cuja mortalidade tem aumentado em ambos os sexos, comparativamente a outros tipos de cancro, pelo que é essencial promover-se a importância da investigação e desenvolvimento por parte do sector privado e do sector público”, acrescenta o presidente da Europacolon.