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Quinta-feira, Março 28, 2024

“Economia circular” vai ser uma aposta de futuro

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

O Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha recebeu o Congresso Empresarial do Oeste no passado dia 3 de Outubro. Cerca de 30 oradores falaram para perto de uma centena de empresários locais e reflectiram sobre o futuro do Oeste na estratégia 2030.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, esteve presente na sessão de encerramento e salientou a importância da transição de um sistema económico linear para um modelo circular. A economia linear, “base de toda a actividade socioeconómica, está a falhar”, disse. Se se quiser “alimentar, vestir, garantir a saúde e a habitação, produzir, comercializar e dar emprego aos 10 mil milhões de pessoas que irão habitar este planeta” é preciso adoptar “um modelo de desenvolvimento circular”, acrescentou o ministro.

Congresso Empresarial do Oeste

Se até 2030 a transição para a economia circular for acelerada a estimativa de ganhos é de “1,9 biliões de euros, entre um a três milhões de empregos” e “a redução de quatro por cento do total anual de emissões de gases que produzem efeitos de estufa na Europa”. Portugal não quer ficar de fora deste momento, tendo o Governo já lançado o Plano de Acção para a Economia Circular, em que se inserem as medidas de fiscalidade para os plásticos ou as agendas regionais desenvolvidas pelas comissões de coordenação.

Este ano com o apoio às empresas, os projectos das juntas de freguesia e com os projectos das comissões de coordenação são mais de três milhões de euros que vão ser dedicados à economia circular”.

No âmbito do Plano de Acção para a Economia Circular, cuja primeira fase vigora até 2020, e que abrange acções de nível nacional, sectorial e regional, o executivo abriu o ano passado “avisos de cerca de um milhão de euros”, mas o governante acredita que “a verba vai aumentar certamente” em 2019.

Mas, lembrou o ministro do Ambiente, “existem outras políticas em curso”, como “a digitalização na administração pública, as compras públicas ecológicas ou o trabalho feito na indústria 4.0”.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste-CIM), Pedro Folgado, presidiu à abertura do congresso salientando a forma como a comunidade tem utilizado os fundos estruturais no apoio ao investimento, à coesão territorial e social e ao tecido empresarial. Aproveitou ainda para referir vários desafios do Oeste, entre eles a competitividade, demografia, combate às alterações climáticas, transição energética e melhoria da qualificação da população.

Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias, também presente na abertura do congresso, anunciou que a partir de Janeiro de 2019 o Governo vai reforçar as competências das comunidades intermunicipais em matéria de planeamento regional e que, em termos de execução de obra, a Oeste-CIM é a segunda da Região Centro com um fundo executado e pago na ordem dos cinco milhões de euros.

A definição das políticas públicas no futuro empresarial e do empreendedorismo no Oeste foi um dos temas do congresso, num painel que contou com a presença de Isabel Damasceno, da CCDR-Centro. Salientou a importância dos fundos comunitários no apoio a projectos empreendedores, destacando o ambiente comum para a competitividade que se sente na Região Oeste e o importante papel desenvolvido pela sua Oeste-CIM.

 

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