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Quinta-feira, Março 28, 2024

Jornalista inicia greve de fome

Isabel Lourenço
Isabel Lourenço
Observadora Internacional e colaboradora de porunsaharalibre.org

El Bashir Khadda, jornalista e preso político saharaui do grupo de Gdeim Izik, inicia greve de fome.

Num comunicado divulgado ontem a familia de El Bachir Khadda anunciou a entrada deste jornalista e preso politico saharaui, em greve de fome.

El Bachir Khadda, foi detido em 2010 após o desmantelamento do acampamento de protesto de Gdeim Izik, esteve com os seus companheiros sem julgamento durante quase três anos, tendo-se seguido em 2013 um julgamento num tribunal militar marroquino apesar que se trata de civis.

Nunca foram apresentadas evidencias de qualquer crime praticado, e em 2016 iniciou-se um novo julgamento, desta vez em tribunal civil que confirmou as condenações dos presos políticos de 20 anos a prisão perpetua  num processo marcado por múltiplas e graves violações do direito a um julgamento justo.

Todos os presos foram vitimas de tortura na detenção e durante todo o tempo de prisão.

O jovem jornalista foi condenado a 20 anos de prisão, e está actualmente detido na prisão de Tiflet2 onde é vitima de confinamento prolongado há meses, ameaçado pelo vice-director da prisão após uma rusga à sua cela, que  iria ser alvo de mais medidas de repressão. Esta ameaça veio na sequência das queixas apresentadas à direcção da prisão sobre as violações dos seus direitos mais básicos. Tanto Khadda, com a sua família e a sua advogada têm apresentado queixas às autoridades Marroquinas sobre a continua violação dos seus direitos e maus tratos, mas sem obter qualquer resposta.

A prisão de Tilftet2 em Marrocos, está a mais de 1200 quilómetros da sua cidade natal, El Aaiun, no Sahara Ocidental, limitando a possibilidade da família de visitar Khadda, para além de se tratar de uma clara violação da 4.a convenção de Genebra ao sequestrar uma pessoa de um território ocupado para outro país.

As reivindicações deste preso politico são segundo um comunicado da família:

  1. Acesso imediato a um médico;
  2. Transferência para o Sahara Ocidental, a fim de se aproximar da sua família;
  3. Que o Tribunal Supremo dê a sua resposta num prazo razoável, uma vez que o grupo Gdeim Izik está preso desde 2010.

El Bachir Khadda está em isolamento prolongado há mais de 10 meses e as chamadas telefónicas são permitidas apenas uma vez por semana, 5 minutos, para toda a família.

A família apela à comunidade internacional para que apoie El Bachir Khadda nas suas justas reivindicações.

 

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