Numa conjuntura que exige respostas sérias à ameaçadora crise do sistema bancário europeu, à anemia da economia real, à ofensiva do terrorismo e à galopante desestabilização do Mediterrâneo, etc. etc., os grandes Estados democráticos estão severamente condicionados até ao Outono de 2017 pelas pré-campanhas eleitorais já em curso.
Os Estados Unidos têm uma “administração Obama” em fim de curso e que já ninguém toma a sério, enquanto Hollande e Merkel não mexerão qualquer dedinho (nem deixarão que ninguém o faça) desde que tal lhes custe um voto…
Há ainda também eleições em Itália, Espanha e, na sequência do Brexit, uma Inglaterra instável.
Neste quadro, a crise política que varre a Europa só pode agravar-se. Como já escreveu alguém, “face à derrota das elites e da sua planificação e aos cortes sucessivos nos rendimentos, a desconfiança propaga-se e o populismo sobe”… Imparável!
George Friedman é quem melhor definiu esta situação que (também) condena os partidos mainstream à impotência: “The mainstream parties had lost the power to define the mainstream”…
Temos um “bonito” ano pela frente!