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Quinta-feira, Abril 25, 2024

E se os EUA retirarem as suas ogivas nucleares da Europa?

Paulo Vieira de Castro
Paulo Vieira de Castrohttp://www.paulovieiradecastro.pt
Autor na área do bem-estar nos negócios, práticas educativas e terapêuticas. Diretor do departamento de bem-estar nas organizações do I-ACT - Institute of Applied Consciousness Technologies (USA).

Obama tinha prometido um mundo livre de armas nucleares. Tenho para mim que não o terá conseguido.

O Irão continua descontrolado, a Coreia do Norte desnorteada, o Paquistão e a Índia entretidos a ver quem fabrica mais e melhores armas nucleares. A China e a Rússia implementam e modernizam os seus arsenais. Dos israelitas sabemos pouco, como habitualmente. Da Inglaterra e da França nada se diz. As armas nucleares do Iraque continuam desaparecidas. Enfim tudo como dantes…

Com a chegada de Trump muda tudo. Porquê? É que o actual presidente dos EUA afirmou ter a intenção de repensar o papel deste país na NATO. Trump poderá exigir a retirada de armas nucleares da Europa colocando-nos à disposição dos potenciais beligerantes?

Se isso acontecer será de imaginar que alguns países europeus venham a tomar uma atitude, sendo possível que adquiram armamento nuclear.

Para defender a velha Europa restará a França e a Inglaterra. De salientar que o Reino Unido se prepara para olhar para essa mesma Europa com novos olhos… Relembro que o chefe de estado britânico foi o primeiro a ir ao “beija-mão” a Trump. Isso quererá dizer algo?

Convém saber que os Estados Unidos, através do programa de partilha nuclear, têm armas na Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e na Turquia. Em 2012 havia um total de 7.650 ogivas nucleares. Aqui não estamos a levar em consideração o armento convencional, nem as tropas operacionais americanas na Europa.

E se eles retirarem? Bem… Se dúvidas ficaram, bastará pensar que no final do mês de Dezembro de 2016, há apenas poucos meses, Putin mandou reforçar o poder militar das forças nucleares estratégicas da Rússia, isto com especial incidência nos sistemas de defesa anti-míssil.

No meio disto tudo, que papel ficará reservado para a Alemanha? Essa é uma questão que já está a ser discutida internamente naquele país.

Conclusão. Nada disto faz sentido.

Saudades da Guerra Fria!

 

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