Vocalista dos Queen faleceu em 1991, aos 45 anos, vítima de sida
A 24 de Novembro de 1991 calava-se a voz de Freddie Mercury, um dos mais talentosos cantores da História do Rock. Um dia antes, o artista tinha admitido publicamente que sofria de sida, já depois de não ter escondido que era bissexual. Morreu na sua casa no bairro de Holland Park, em Londres.
Viveu os últimos anos da sua vida num rodopio de festas e de digressões. “Uma vida colorida” de verdadeira Rock-Star, como o próprio reconheceu e disse ter “gostado” de viver assim. Mas se olharmos para os primeiros anos da sua vida nada fazia prever que Freddie Mercury pudesse chegar ao patamar onde a música o levou. Nem sequer que fosse um simples cantor de rock.
Na verdade o “british” nome de Freddie Mercury é apenas o nome artístico do indiano Farrokh Bulsara, nascido a 5 de Setembro de 1946 na ilha de Zanzibar, filho de um casal persa. O seu pai, Bomi, era um funcionário público britânico, pelo que o jovem Farrokh teve uma educação num bom colégio inglês, em Panchgani, perto de Bombaim. E foi aí que os colegas o baptizaram de Freddie. Um nome que pegou de tal forma, que até a própria família o adoptou.
Apaixonado por música (indiana, mas também ocidental) o jovem Freddie despertou a atenção dos professores que recomendaram aos pais que o filho aprendesse a tocar piano. E assim foi! Em 1967, tinha Freddie 17 anos, a situação política na pequena ilha de Zanzibar tornou-se perigosa para os residentes britânicos e indianos, que acabariam por abandonar o território na sua esmagadora maioria. Freddie e família foram então viver para Inglaterra, para Feltham, no Middlesex. A estudar no Ealing College, Freddie iria mesmo obter um diploma em design e artes gráficas.
Mas a música que então se consumia no Reino Unido já mexia fortemente com ele, sobretudo Jimi Hendrix de quem Freddie se tornou grande admirador, mas também Led Zeppelin e Cream. Com dois amigos, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, funda uma banda de rock – Smile. Era a primeira vez que ele se voltava a cruzar com a música, desde que deixara a Índia. E a experiência seria para toda a vida.
Mais tarde, ao nome de Freddie juntou Mercury, quando os quatro rapazes dos Smile decidiram mudar o nome da banda para Queen, por proposta do próprio Freddie. O grupo rapidamente se tornou numa banda de culto no Reino Unido, mas longe do reconhecimento merecido na Europa e Estados Unidos. Mas tudo seria diferente após a edição de “A Night At The Opera” em 1975, um disco que iria conquistar o mundo e que, justamente, é considerado com uma das grandes obras-primas do rock.
