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Quinta-feira, Abril 25, 2024

GUIANA A realidade para lá dos filmes antigos

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Colaboração do Núcleo de Investigação Nelson Mandela – Estudos do Humanismo e de Reflexão para a Paz (integrado na área de Ciência das Religiões da U.L.H.T.)

A Guiana foi colónia holandesa e, subsequentemente, britânica. Na atualidade, é um pequeno país atribulado, com uma elevada taxa de criminalidade onde, surpreendentemente não existem relatos de acidentes violentos com conotações religiosas óbvias.

Personagem (geográfica) de romances do século passado, mais do que um cenário de ação e muito drama, a Guiana alimenta ainda alguma imaginação de “velhos” leitores, que eventualmente revisitem o final dos anos 60 do século passado para reler Henry Charrière e a sua impressionante ficção, autobiográfica, Papillon, que deu a volta a mundo (entenda-se do mundo ocidental, com poder de compra e marcado pelo ócio) e em livro e em filme, levando-nos ao território de uma das Guianas, a francesa (a outra era a inglesa), na América do Sul.

Hoje, resta a Guiana, oficialmente, República Cooperativa da Guiana (sim, é a ex-inglesa) com capital em Georgetown; é um país localizado no norte da América do Sul. Limita-se com o Suriname ao leste, Brasil ao sul e sudoeste, Venezuela ao oeste, e com o oceano Atlântico ao norte. Culturalmente, é parte do Caribe anglófono (Caraíbas anglófonas, em português europeu).

Actividade religiosa em Guiana

A Guiana foi colónia holandesa e, subsequentemente, britânica. Na atualidade, é um pequeno país atribulado, com uma elevada taxa de criminalidade onde, surpreendentemente não existem relatos de acidentes violentos com conotações religiosas óbvias. Logo no seu primeiro artigo, a Constituição da Guiana afirma que esta é um estados secular.

Os grupos e organizações religiosos devem registar-se oficialmente. Devem também disponibilizar informação detalhada sobre os seus locais de culto, que possuem licença do Ministério do Interior para receber fiéis e desenvolver práticas e eventos. São organizações sem fins lucrativos, à luz da lei, com autorização, todavia, para envolver-se em atividades de financiamento.

Quaisquer missionário estrangeiro precisa de autorização para desenvolver atividade, a qual tem de ser reconhecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo conselho local, que existe nas aldeias. A Guiana tem nos seus registos uma população de 50, 78 por cento de cristãos (8 por cento católicos; 29 por cento de protestantes; 17,78 por centro de outras confissões); mais 30, 09 por cento de hindus, 7,52 por cento de muçulmanos; e 7,61% de outras confissões.

A lei pune a blasfémia (até um ano de prisão) e o Governo tem sido criticado por tentar impedir que os grupos religiosos tomem partido sobre questões sociais (em especial criticam ações do Governo e da polícia).

O Governo paga uma renda anual aos grupos religiosos – posição que alguns veem como uma forma de controlo.

A diversidade étnica do País parece estar na origem do quase inexistente registo de acidentes violentos com conotações religiosas. Dada a falta de casos de intolerância ou de discriminação, as perspetivas para a liberdade religiosa são boas.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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