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Terça-feira, Abril 23, 2024

“Juramento dos Horácios”

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL
Guilherme Antunes
Guilherme Antunes

O seu oferecimento sacrificial jovem, em prol do bem público, é uma questão de honra, mesmo que isso signifique o eclodir de tragédias familiares.

Os três Horácios (romanos) são casados com três Curiácias (de Alba Longa, cidade lendária), povo contra quem vão lutar, submetendo-os ao poder romano.

Também aqui há uma leitura obrigatória sobre os valores do Homem. O sacrifício patriótico acima, mesmo, da família, que é o caso das suas mulheres, oriundas do inimigo. Valores morais e de rectidão de princípios, quais eles sejam, mas princípios… 

Jacques Louis David O Juramento dos Horácios
Jacques Louis David – O Juramento dos Horácios

Resposta artística à frivolidade da Arte e dos costumes da altura, pela via Rocaille (Rócócó), já inaceitável pela sua insuficiência estética e desagradavelmente enrolada em si própria.

Estes valores e este quadro de David, seriam baluartes do conceito filosófico arreigado aos futuros arranques da Revolução Francesa que influenciaria, definitivamente, a Revolução Americana.

 

Nota da Edição

Jacques Louis DAVID  (1748 – 1825)

Pintor francês, possivelmente o mais característico representante do estilo neoclássico. Filho de um rico comerciante de têxteis, tornou-se discípulo do pintor Joseph-Marie Vien, célebre no seu tempo.

Influenciado por dois alemães, o pintor Änton Raphael Mengs e o historiador Johann Joachim Winckelmann, David passou a ser defensor do neoclassicismo, o que lhe abriu caminho à revalorização dos temas históricos.

Apoiou activamente a revolução francesa, e mesmo depois da queda de seu amigo Robespierre e de vários meses na prisão, regressou de forma brilhante à cena artística e, recuperando o prestígio, foi nomeado pintor oficial de Napoleão, para cujo louvor e glória fez algumas de suas mais ambiciosas e brilhantes telas.

Após a derrota de Napoleão em Waterloo, David mudou-se para Bruxelas. Entre suas mais importantes obras estão O juramento dos Horácios (1784), A Morte de Sócrates (1787), A Morte de Marat (1793), As Sabinas (1799) e o gigantesco A Coroação da Imperatriz Josefina (1805-1807).

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